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Na coluna Ética e Política desta semana, Renato Janine Ribeiro comenta dois episódios de preconceito: um envolve um trabalhador de aplicativo de entrega, que sofreu preconceito social em um condomínio de classe média de São Paulo e o outro foi o caso de um rapaz negro, que sofreu preconceito racial ao ser confundido com um bandido em um shopping do Rio de Janeiro.

Renato Janine comenta que, infelizmente, o preconceito racial e social no Brasil parece que só faz crescer. Ele lembra de outros casos semelhantes que ocorreram recentemente, como o desembargador que menosprezou um fiscal em Santos, ao ser flagrado sem máscara, e da engenheira química que desqualificou a palavra cidadão – e que foi tema de uma coluna anterior.

“O que me espanta é que algumas dessas pessoas viajaram para o exterior. Estiveram na Europa ou, pelo menos, em Miami, e acredito que elas perceberam que, nesses lugares, se elas agissem assim com algum cidadão daquele país, em algum comércio, elas provavelmente pagariam caro por isso. É bem provável que fossem presas e deportadas com um carimbo dizendo ‘Nunca mais entram nos Estados Unidos‘ ou ‘Nunca mais entram na França’ “, destaca o colunista.

Janine considera curioso que justamente a vaidade que se expressa quando alguém diz “eu falo francês e você não” vem junto com o desconhecimento total do que há de mais importante nessas culturas. O colunista também lembra que, quando esses crimes são cometidos por gente branca e com dinheiro, sempre há um “atestado médico” que tenta justificar a conduta injustificável do criminoso.

Ouça, no link acima, a íntegra da coluna Ética e Política.