O tema de hoje da coluna Datacracia é API, sigla para Application Programming Interface (Interface de Programação de Aplicações). “É uma forma de dois computadores, dois sistemas lógicos, falarem um com o outro: um aplicativo fala com uma base de dados ou com os mecanismos do seu computador, celular ou tablet”, explica o colunista Luli Radfahrer.
“Imagine que você instalou um novo aplicativo no seu telefone”, ele exemplifica, “primeiramente, ele pede permissão para usar a sua câmera, a sua rede de contato. Isso são APIs, que pedem permissão para acessar determinados dispositivos, já que não podem ser acessados indiscriminadamente”.
Isso é importante, segundo ele, porque evita o desenvolvimento de muitos dispositivos. “Imagine, por exemplo, que o Uber tivesse que gastar uma fortuna com desenvolvimento de sistema de satélites próprio. Por isso, ele usa o mapa que vem do Google”, aponta Radfahrer. A ideia é de que se possa usar os dados a fim de integrar os serviços e, com isso, ter uma estrutura mais eficiente.
Ele ainda comenta sobre bases de dados abertas, como a ideia de open banking, que “é a ideia de permitir que um sistema de gerenciamento financeiro tenha acesso, com a sua permissão, aos seus dados bancários, a fim de analisar seu planejamento financeiro e conseguir projetar novas soluções a partir daí”.
Com a pandemia do coronavírus, muitas bases de dados e estruturas de inteligência estão sendo usadas pelos institutos de pesquisa. Com APIs, segundo Radfahrer, empresas, Ministérios e Secretarias da Saúde têm muitos dados a respeito da doença e muito mais abrangência na resolução de problemas.
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Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.
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