Marisa Midori fala sobre a queima de livros na literatura ficcional

O tema desta semana dá continuidade à série do mês sobre a destruição dos livros na história da humanidade

 19/06/2020 - Publicado há 4 anos
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Na coluna Bibliomania, a professora Marisa Midori volta ao tema da queima dos livros, mas desta vez na ficção literária. Segundo ela, também na ficção os livros foram queimados às carreiras. “A começar pela gigantesca e improvável biblioteca medieval construída por Umberto Eco em O Nome da Rosa (…) ou da dor pungente e da revolta que Cervantes desperta em nós, leitores, quando do julgamento e da queima dos livros de Dom Quixote”, cita.

A professora ainda lembra do livro de Sébastien Mercier, escrito no final do século 17, uma ficção ambientada no ano 2440 – título da obra –, na qual os bibliotecários reuniram “numa vasta planície todos os livros [julgados] frívolos, inúteis ou perigosos”. Marisa conta o que aconteceu depois através de um trecho: “Pusemos fogo a esta massa espantosa, como um sacrifício expiatório oferecido à verdade, ao bom senso e ao verdadeiro gosto – havia livros demais, concluíram os bibliotecários! Foram salvos: Homero, Platão, Virgílio, Plínio, Salústio, Shakespeare, Torquato Tasso, Montaigne. Rousseau também, embora privado de muitas tolices poéticas”.

Segundo Marisa, o historiador francês Lucien Polastron, abordado na primeira coluna desta série, é também fonte para as narrativas ficcionais. Além disso, afirma, todos os títulos citados têm sua atualidade.

Ouça no player acima a íntegra da coluna Bibliomania.


Bibliomania
A coluna Bibliomania, com a professora Marisa Midori, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 9h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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