China se mantém como principal destino de exportações brasileiras

Apesar da queda na importação de soja, houve aumento no comércio de minérios de ferro e petróleo, segundo o Boletim Comércio Exterior de dezembro de 2019

 09/01/2020 - Publicado há 5 anos
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A China continua sendo o principal destino das exportações brasileiras. Entre novembro de 2018 e novembro de 2019, o país asiático importou US$ 68,4 bilhões em produtos brasileiros, aumento de 2,7% quando comparado aos 12 meses anteriores. Esse crescimento se deve às vendas de minérios de ferro e óleos brutos de petróleo. O principal produto exportado continua sendo a soja, apesar da forte redução de 16,9% de suas vendas.

O valor exportado para os Países Baixos diminuiu 9,6% no mesmo período, fechando um valor de US$ 12,7 bilhões e teve plataformas de perfuração ou de exploração e dragas como principal produto. O Japão teve um crescimento considerável, atingindo um valor de US$ 5,5 bilhões. A exportação de carnes de aves aumentou 20,4% e a de café aumentou 148,4%.

No mesmo período o Estado de São Paulo apresentou queda nas exportações para a China, Argentina, México e Países Baixos, mas manteve aumento nas exportações para Chile e Estados Unidos. Este último teve aumento considerável na importação de aviões e helicópteros (14,0%) e sumos de frutas (71,6%).

A Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP) teve um significativo aumento de exportações para os Estados Unidos, de 60,6% no período de comparação. Esse grande aumento pode ser explicado pelas vendas de estanho em formas brutas. A Rússia também se destacou, com aumento de 115,9%, principalmente pela importação de amendoins.

A cidade de Ribeirão Preto teve aumento de exportação no período somente para Cuba, que elevou suas compras de máquinas e aparelhos para colheita ou debulha de produtos agrícolas em 105,8% e de bombas para líquidos em 254,3%.

As informações são do Boletim Comércio Exterior de dezembro de 2019, feito pelos pesquisadores Eduardo Teixeira e Pedro Roveri, sob supervisão do professor Luciano Nakabashi da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP.

Por: Maria Paula Soeltl.


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