Fisioterapia avança de exercício do dia a dia a tela de celular

Celso Carvalho conta que departamento tem 18 especialidades, além de prestar assistência em todas as UTIs do HC

 21/11/2019 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 25/11/2019 as 15:36
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Fisioterapeutas vão além do atendimento daquele jogador lesionado na partida de futebol. Presente nas enfermarias, na recuperação de atletas, na indicação de exercícios físicos para prevenir doenças, no acompanhamento de sintomas, no cuidado na terceira idade e até nos aplicativos de acompanhamento de saúde, a fisioterapia ganha espaço. Nesta série especial sobre a contribuição da Medicina USP para a sociedade, vamos conhecer mais sobre a especialidade da Faculdade de Medicina (FM) da USP.

Celso Carvalho, professor do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da FM, conta que a especialidade avança desde que profissionais da saúde perceberam que o tratamento médico não é suficiente para dar todo suporte necessário ao paciente. “Então, precisava surgir um serviço para atuar em conjunto com as diversas áreas da medicina”, esclarece o fisioterapeuta ao Jornal da USP no Ar. A Divisão de Fisioterapia do Instituto Central do Hospital das Clínicas (HC) da FM presta atendimento em todas as unidades de terapia intensiva (UTIs).

Do Congresso Paulista de Pneumologia, Carvalho informa que a fisioterapeuta Patrícia Freitas é ganhadora de um prêmio por seu estudo que analisa o impacto do exercício físico na mitigação de sintomas e na prevenção de doenças. A área cardiorrespiratória é um dos destaques da pesquisas realizadas no departamento e trabalha com malefícios crônicos, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica. Outra pesquisa, premiada pela Capes, desenvolveu um aplicativo para acompanhar pacientes com doenças reumatológicas. São feitos estudos com realidade virtual na FM também. 

Fora os aspectos clínicos, Carvalho ressalta a parceria entre fisioterapia e gerontologia — especialidade em cuidados da terceira idade. Com o envelhecimento da população, surge a demanda para um atendimento especial para os mais velhos. Além disso, o ganho de peso, normalmente associado à diabete e doenças cardiovasculares, também requer acompanhamento de um fisioterapeuta.

O especialista levanta a necessidade de mais espaço físico para desenvolver as atividades de fisioterapia em São Paulo. Como a prática é associada ao exercício físico, frequentemente com suporte de aparelhos, há a necessidade de clínicas amplas. Uma dificuldade em meio à grande demanda imobiliária da capital. 

Como em diversas profissões, o professor aponta que a atualização frente à celeridade do progresso do conhecimento é o maior desafio da fisioterapia hoje. 

Ouça a entrevista na íntegra no player acima.


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