O programa Ambiente É o Meio desta semana traz entrevista com o pesquisador Leandro Fonseca de Souza, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, sobre o sequestro de metano em florestas e pastagens.
Em sua pesquisa, Souza buscou identificar a diferença entre a absorção do gás por florestas e pastagens e qual a reação dos microorganismos presentes nos dois locais. Segundo o pesquisador, o metano é 25 vezes mais potente que o gás carbônico na retenção de calor na atmosfera.
O biólogo conta que a produção do metano acontece com a ação do homem, como a agricultura e agropecuária, em áreas alagadas e no rúmen dos animais, respectivamente. “A produção envolve tudo, desde as florestas incorporando CO2 até as queimadas que liberam gás na atmosfera. Além disso, mudanças na estrutura do solo também propiciam a produção do metano”.
Souza afirma que os maiores índices de emissão de metano estão em áreas de pastagens, principalmente quando o manejo e cuidados não são feitos de forma correta. “É uma produção que traz muitos gases de efeito estufa. Isso precisa ser reconhecido e políticas públicas implementadas para reduzir esse impacto”.