O professor de Filosofia, cientista político, escritor e colunista da Rádio USP, Renato Janine Ribeiro, entrevistou o presidente do Conselho de Orientação Estratégica do Instituto de Altos Estudos da América Latina da Universidade Sorbonne Nouvelle, em Paris, ex-consultor do Movimento das Empresas da França (Medef), professor Stéphane Witkowski, que está de passagem no Brasil. Witkowski fala das eleições na França, da vitória de Emmanuel Macron, seu estilo político, programa de governo e relacionamento com os movimentos sociais.
De acordo com o professor francês, Macron é um presidente jovem e tinha apenas 40 anos quando foi eleito. Não tinha experiência política nem eleitoral antes de ser presidente da França com um passado profissional altamente tecnocrata, com grande conhecimento econômico e financeiro. “Quis transformar o modelo político econômico francês muito rapidamente, como se pudesse governar a França como uma startup. Sua eleição foi uma tentativa de se opor à direita ou à esquerda e fazer uma nova política”, observa.
O presidente Macron quis aprovar as reformas sem passar pela sociedade intermediária: os partidos políticos, os sindicatos, a mídia, afirma Witkowski . “Como transformar o país sem passar por organizações que eram associadas aos governos passados e falar diretamente com o povo? Isso é uma forma de populismo liberal conservador elegante”, analisa. “Uma maneira de dizer que ele não necessita de partidos políticos, sindicatos, de aparelho judicial tradicional. Eu quero avançar nas reformas ao meu ritmo.”
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