Desigualdade de gênero também está presente na música

Em ambiente dominado por homens, mulheres lutam para conquistar espaço

 13/10/2019 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 11/02/2021 as 13:21
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A participação das mulheres no Rock é tema desta edição do programa História do Rock, e o professor Mario De Vivo também fala sobre as que tiveram destaque em suas produções e as dificuldades que enfrentaram.

O professor conta que “o início da relação das mulheres com o Rock se deu de forma mais sexual, já que esta era uma forma delas estarem próximas dos músicos que gostavam”, e as bandas se aproveitavam das oportunidades que tinham para terem mais prazer, sendo que muitas surgiram pelo fato de que “ser um músico facilitava as coisas, como já foi contado em muitas autobiografias”. 

Já musicalmente falando, as mulheres que ingressaram no meio sempre passaram por muitas outras dificuldades, “assédio, preconceito e estar em um ramo naturalmente machista eram alguns dos problemas que elas sempre enfrentavam”. Assim, De Vivo questiona a razão das mulheres representarem uma fração desproporcional aos homens, tanto em outros gêneros musicais quanto no Rock.

Social e historicamente, homens sempre foram a maioria em posições de grande importância, esse cenário não escapa ao Rock. “E mesmo quando há mulheres protagonistas em suas bandas, todo o meio a sua volta é composta por homens”, ressalta o professor. 

Mas ainda assim, há mulheres como Joan Jett, cantora, compositora, guitarrista, baixista, produtora musical e atriz; Suzi Quatro, cantora, baixista, personalidade da rádio e atriz; Chrissie Hynde, líder da banda The Pretenders e Sheryl Suzanne Crow, cantora, compositora, multi-instrumentista. Todas elas fizeram sua história na música e servem de inspiração para as novas gerações que buscam cada vez mais a igualdade de gênero nos diversos setores da sociedade.

Ouça no link acima a íntegra do programa História do Rock.


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