Portaria assinada pelo reitor João Grandino Rodas, em 20 de setembro, declarou mais 1.183 hectares de áreas situadas nos campi da USP como reservas ecológicas. No dia 5 de junho deste ano, 1.116 hectares referentes a 23 áreas localizadas nos seis campi já haviam sido declaradas como reservas ecológicas.
As novas reservas estão localizadas no Parque CienTec, localizado no bairro da Água Funda, em São Paulo; no campus de São Carlos; na Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga e na Estação Experimental de Ciências Florestais de Anhembi, ambas ligadas à Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq).
O montante de áreas declaradas como reservas ecológicas nos campi neste ano representa iniciativa inédita da Universidade nos últimos quarenta anos. A única vez que uma área foi declarada como reserva na USP foi na década de 70. O local fica próximo ao Instituto de Biociências (IB), na Cidade Universitária, e tem extensão de 10,2 hectares. A condição de reserva propiciou grande número de pesquisas, aulas de campo e, hoje, passa por processo de recuperação natural da floresta, que se encontrava parcialmente degradada.
“Na atual gestão, a USP avançou no cuidado do meio ambiente graças a duas importantes ações: pela determinação, conforme portaria nº 5.931, de 19/07/11, de que as atividades de cunho ecológico já existentes e a serem criadas na Universidade ficassem sob a supervisão do superintendente de gestão ambiental; que redundou, em fevereiro de 2012, na criação da Superintendência de Gestão Ambiental, pelo Conselho Universitário; e na declaração de mais de dois mil hectares de seus campi como reservas ecológicas, que propiciará, quanto à atual geração, quanto às vindouras, local ímpar para o desenvolvimento de ensino e pesquisa, bem como para o lazer ambiental”, destaca o reitor João Grandino Rodas.
A maioria das recém-declaradas reservas ecológicas é composta por fragmentos de florestas e cerrados, que ainda mantêm integridade estrutural e funcional.
Segundo o superintendente de Gestão Ambiental da Universidade, Welington Braz Carvalho Delitti, “o objetivo é estabelecer as áreas de conservação da fauna, flora e processos ecológicos em relação às demandas da Universidade, conservando e restaurando, ao máximo, a biodiversidade nativa dos campi. Pretende-se estabelecer bases para o manejo integrado dos recursos da USP em um cenário com diversas demandas de espaço”. Essas reservas devem ser objeto de inúmeras ações acadêmicas nos próximos anos, resultando em dissertações, teses e trabalhos de iniciação científica, além de atividades de ensino e extensão.
(Foto: Marcos Santos)