A eleição do Parlamento Europeu, que ocorre no dia 26 de maio, é analisada pelo professor Pedro Dallari nesta edição. Para o professor, essa eleição é um caso de cidadania no plano internacional e explica que a diferença do Parlamento Europeu é que, além da população eleger os representantes para o parlamento da França, Itália, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Luxemburgo, Malta, Chipre, entre outros países, elege deputados que vão fazer parte de um Poder Legislativo que é plurinacional, ou seja, se aplica aos 28 países membros da União Europeia. “Todas as leis europeias são decididas em conjunto. O Parlamento tem bastante importância e já está legislando temas como comércio e meio ambiente.”
Existem alguns questionamentos das forças políticas europeias. A unificação da Europa sempre teve como objetivo ser um espaço de liberdade e afirmação de direitos humanos. Dallari comenta que forças extremistas se colocam contra a imigração, a maior integração europeia e contra as instituições da democracia liberal, e a grande dúvida é se essas forças, que têm assumido alguns governos, também vão se tornar mais relevantes no cenário europeu mais geral.
Para Dallari, a grande incógnita é se as forças extremistas nacionalistas na eleição para o Parlamento Europeu terão um crescimento nos Parlamentos nacionais, já que, na sequência das eleições europeias, virão eleições para os Parlamentos de cada país e uma ascensão dessas causa grande preocupação mundial.
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Globalização e Cidadania
A coluna Globalização e Cidadania, com o professor Pedro Dallari, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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