Pesquisadores da USP vão a bares para falar de ciência

Em São Carlos, os bate-papos vão da Embrapa a experimento no Ceará que comprovou teoria da relatividade

 17/05/2019 - Publicado há 5 anos
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Levar pesquisadores a diferentes locais para conversas descontraídas sobre pesquisas e ciência é o objetivo do Festival Pint of Science, que será realizado em 20, 21 e 22 de maio em mais de 80 cidades brasileiras. Além do Brasil, outros 23 países participam da ação. A ideia é derrubar intermediários entre o cientista e a sociedade, estabelecendo um canal direto de conversa. Os temas são diversos e transitam em diferentes áreas científicas: vacinação, mudanças climáticas, câncer, vida em marte, modificação genética de bebês, entre outros.

Em São Carlos, os bate-papos abordarão assuntos como matemática, química, física, ciência da computação. “Tentamos diversificar”, explica o professor Moacir Antonelli Ponti, presidente da Comissão de Cultura e Extensão do Instituto de Ciências Matemáticas e Computação (ICMC) ao Jornal da USP do Ar. O docente conversará sobre ciência de dados, na próxima quarta, dia 22, no bar Mandala. Ele conta que o cientista de dados tem alta demanda no mercado. Seu objetivo é compilar a grande quantidade de informações disponíveis para empresas, transformando-as em respostas.

Foto: Divulgação/ICMC-USP

As conversas irão disso a Einstein. Noutra ocasião, será discutido um experimento de cientistas brasileiros e ingleses, o qual comprovou a Teoria da Relatividade. Ensaio começou com a observação de eclipse solar na cidade de Sobral, no Ceará. Além disto, serão expostos os desdobramentos dessa descoberta na ciência e tecnologia de hoje, conta Ponti.

Fora esses temas, a Embrapa trará os impactos da ciência no campo, por meio de novas tecnologias na agricultura e pecuária, bem como falará das muitas startups atuantes na área. O aniversário de 150 anos da tabela periódica de Mendeleev também será comemorado, com a exposição dos elementos químicos. Na saúde, os bate-papos vão dos cuidados paliativos ao trato da chegada da morte. Hoje, existem diversas linhas de pesquisas sobre como melhorar o acompanhamento de pacientes nessa condição.

A iniciativa começou em 2012, no Imperial College London, por iniciativa dos cientistas Michael Motskin e Praveen Paul. Logo chegou ao Brasil, onde é dirigido pela professora Natália Pasternak. Ponti conta que as preparações estão a todo o vapor, com o intuito de receber a sociedade. “A população tem sede de ciência. Todos têm curiosidade, vontade de saber dos mais diversos assuntos, desde a infância. Pesquisadores suprem essa ânsia no contato direto com a pesquisa, mas é uma missão dar espaço para as pessoas de fora. Quebrar barreiras”, declara.

 


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