Diretor do IFSC recebe prêmio Almirante Álvaro Alberto do CNPq

O prêmio é o reconhecimento a pesquisadores e cientistas brasileiros que venham prestando relevante contribuição à ciência e à tecnologia

 16/05/2019 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 29/05/2019 as 15:36
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Bagnato (com o diploma) agradeceu àqueles que contribuem com a ciência no Brasil – Foto: Roberto Hilario / CNPq

O diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), Vanderlei Salvador Bagnato, foi o vencedor da edição 2019 do prêmio “Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia”, na área de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias, concedido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Instituída em 1981, o condecoração é uma parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), do CNPq, da Fundação Conrado Wessel e da Marinha do Brasil, e constitui reconhecimento e estímulo a pesquisadores e cientistas brasileiros que venham prestando relevante contribuição à ciência e à tecnologia do país.

O prêmio é atribuído, anualmente, ao pesquisador que tenha se destacado pela realização de obra científica ou tecnológica de reconhecido valor para o progresso de sua área. É concedido, em sistema de rodízio, a uma das três grandes áreas do conhecimento: Ciências Exatas, da Terra e Engenharias; Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes; e Ciências da Vida. O agraciado é contemplado com medalha, diploma, viagem à Antártica e R$ 200 mil.

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A cerimônia de premiação foi realizada na noite do dia 15 de maio, na Escola Naval, no Rio de Janeiro. “Quero receber este prêmio simbolizando o agradecimento a todos os que contribuem com a ciência no Brasil”, afirmou Bagnato em seu discurso.

Emocionado, o diretor do IFSC também agradeceu à USP, “minha universidade mãe”, citando as autoridades presentes como corresponsáveis pela sua premiação – dentre elas o reitor da Universidade, Vahan Agopyan.

“Uma universidade de pesquisa como a USP, e seus pesquisadores, trabalham para modificar e melhorar a sociedade. A premiação do professor Bagnato representa o reconhecimento às Instituições e aos cientistas que fazem a diferença para o desenvolvimento de nosso país”, destacou Agopyan.

Na mesma cerimônia, o professor emérito do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), José de Souza Martins, foi agraciado com o título de Pesquisador Emérito. O título foi concedido em reconhecimento à exemplar trajetória acadêmica e profissional, bem como à significativa contribuição para o desenvolvimento da ciência no país. Ao todo, 10 pesquisadores de várias Instituições receberam a distinção.

A cerimônia de premiação foi realizada na noite do dia 15 de maio, na Escola Naval, no Rio de Janeiro – Foto: Roberto Hilario/CNPq

Também participaram do evento o secretário executivo do MCTIC, Julio Francisco Semeghini Neto, representando o ministro Marcos Pontes; o presidente do CNPq, João Luiz Filgueiras de Azevedo; o comandante da Marinha do Brasil, Ilques Barbosa Júnior; o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Luiz Davidovich; e o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira.

O premiado

Graduado em Física pela USP e em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Bagnato coordena o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (Cepof), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

É doutor em Física pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), com pós-doutorado pela Universidade de Maryland, ambos nos Estados Unidos. Obteve o título de livre-docente pela USP em 1990.

É autor de cerca de 700 artigos científicos e já recebeu diversos prêmios e homenagens, entre eles o Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia, em 2015, e o título de Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, concedido pela Presidência da República, em 2007. Em 2018, tornou-se pesquisador emérito do CNPq. É membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Academia Mundial de Ciências (TWAS, na sigla em inglês), da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos e da Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano.

(Com informações da Coordenação de Comunicação Social do CNPq)


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