Nesta série de vídeos, Enos Picazzio, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, conta por que a Lua está se afastando da Terra e as consequências mais curiosas.
[embedyt] https://www.youtube.com/embed?listType=playlist&list=PLAudUnJeNg4vWxIgyNdnwBWYz-fpp8NvH&v=H_zJUuhJmWw&layout=gallery[/embedyt]Desde sua formação, a lua se distanciou da terra cerca de 350 mil km. E em muitos anos, os dois deverão estar ainda mais separados. “Mas, do ponto de vista da física, elas estarão ligadas”, explica Picazzio, lembrando a lei da gravitação universal, de Newton:
“Dois corpos se atraem segundo uma força que é diretamente proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre seus centros de massa”
Quem ganha, quem perde
Não é só a Terra que gira em torno de si mesma e do Sol: a Lua também se movimenta em volta da Terra. E a atração entre os astros causa uma deformação na hidrosfera. Essa deformação forma uma espécie de bojo, que diminui a energia de rotação do planeta. “Essa energia que ela perdeu, a Lua ganha em termos gravitacionais. Então ela vai se afastando cada vez mais”, afirma. Esse processo, chamado Conservação de Energia, ocorre com todos os satélites.
Os ciclos das marés também denunciam a diminuição da rotação da Terra. “O ciclo dura, mais ou menos, seis horas. No passado, era mais curto”, diz. De acordo com o pesquisador, as informações previstas pela Teoria coincidem com àquelas obtidas dos corais e dos registros geológicos. Picazzio conta quais são os métodos mais modernos de medição da distância entre Terra e Lua. Atualmente, calcula-se que a Lua está se afastando cerca de 3,8 cm por ano.