Professora da USP é premiada por contribuição à presença de mulheres na neurociência

Elaine Del Bel é a primeira brasileira a receber o prêmio Bernice Grafstein, concedido pela Society for Neuroscience

 12/11/2018 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 13/11/2018 as 15:39
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Na placa em homenagem à professora Elaine Del Bel, a Society for Neuroscience reconhece sua dedicação na formação de novos pesquisadores – crédito: Arquivo Pessoal

Por sua contribuição significativa para o avanço das mulheres na neurociência, a professora da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP, Elaine Del Bel, foi premiada pela Society for Neuroscience (SfN), uma das maiores organizações mundiais de cientistas e profissionais dedicados a entender o sistema nervoso central.

Bernice Grafstein Award for Outstanding Accomplishments in Mentoring foi entregue no início de novembro durante cerimônia em San Diego, nos Estados Unidos. Criado em 2009, com apoio da primeira presidente mulher da SfN, Bernice Grafstein, o prêmio reconhece pessoas que atuaram como mentores de mulheres neurocientistas e colaboraram para sua entrada ou permanência na área.  

Segundo o presidente da sociedade, Richard Huganir, “a Society for Neuroscience está feliz em reconhecer neurocientistas, não apenas por suas contribuições em pesquisa, mas também por seus esforços para aumentar a representação das mulheres na ciência. Sua dedicação em orientar e encorajar a próxima geração de neurocientistas acabará por fortalecer o campo e levar a descobertas que avançam as neurociências.”

A SfN é uma organização sem fins lucrativos fundada em 1969, com aproximadamente 37 mil membros de mais de 90 países. A reunião anual da sociedade é considerada a maior fonte de notícias emergentes sobre ciência do cérebro e saúde.

A premiada

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Elaine Del Bel é professora titular e líder do Laboratório de Neurobiologia Celular da FORP e presidente da Federação de Sociedades de Neurociência da América Latina, do Caribe e na Península Ibérica (FALAN). Orientou mais de 130 estudantes de graduação e pós-graduação, além de pós-doutorados, entre eles 84 mulheres e muitos jovens cientistas da América Central e do Sul.

Além de seu trabalho pioneiro em doenças degenerativas do sistema nervoso, em especial doença de Parkinson, a professora Elaine instituiu vários programas para promover a igualdade entre os estudantes, especialmente estudantes mulheres da América Latina. “Meu compromisso de longa data de orientar as futuras gerações de mulheres líderes em neurociência é reflexo da minha participação em programas de divulgação científica e comitês em todo o mundo, como na Organização Internacional de Pesquisas do Cérebro (IBRO), no Comitê Mulheres de Liderança Mundial em Neurociência, além de organizar reuniões da Women in World Neuroscience (2011 e 2012).”

Mais informações: (16) 3315.4047

 


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