Estudo premiado demonstra como melhorar proteção da rede elétrica

Pesquisador da Escola de Engenharia de São Carlos propõe configuração ideal para equipamento que isola curtos-circuitos

 11/07/2018 - Publicado há 6 anos
Renan (à esquerda) e seu orientador, o professor Mario Oleskovicz do SEL – Foto: Henrique Fontes/Assessoria de Comunicação do SEL

Para proteger de falhas a rede elétrica que leva energia a residências, indústrias e centros comerciais, os engenheiros utilizam um equipamento chamado relé. Este equipamento é capaz de identificar curtos-circuitos no sistema elétrico e isolar o exato trecho afetado, evitando que o problema atinja outros pontos da rede. No entanto, os relés convencionais não estão programados para sinalizar curtos-circuitos quando uma rede suprida por hidrelétricas passa a receber, também, energia de usinas fotovoltaicas. Um trabalho recente desenvolvido na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP propôs uma configuração ideal para superar essa limitação.

Renan Furlan, estudante do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da EESC, realizou a pesquisa como parte de seu mestrado. Com um simulador digital em tempo real que emula o funcionamento de uma rede elétrica alimentada por uma usina solar, o estudante de pós-graduação testou diversos cenários com defeitos para demonstrar as falhas de operação do relé. Os dados sobre as oscilações de voltagem verificadas nos testes foram utilizados para melhorar a configuração do aparelho. Para validar sua proposta, Furlan fez uma simulação com um relé comercial.

Desenvolvido no Laboratório de Sistemas de Energia Elétrica (LSEE) do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC, o estudo de Furlan foi descrito em um artigo premiado na 18ª Conferência Internacional sobre Harmônicos e Qualidade da Energia, que aconteceu em maio, em Liubliana, capital da Eslovênia. O evento é o principal do mundo na área de qualidade da energia.

Também participaram da elaboração do artigo os alunos de mestrado Rodrigo Bataglioli e Iago Faria, além do doutorando Carlos Beuter. A pesquisa foi orientada pelo professor Mario Oleskovicz.

Com informações de Henrique Fontes / Assessoria de Comunicação do SEL


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