Coração “recauchutado” com células-tronco é nova aposta da medicina

Geneticista fala sobre os avanços das pesquisas em aplicação de células-tronco na medicina regenerativa

 06/06/2018 - Publicado há 6 anos     Atualizado: 07/06/2018 as 14:01

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Esta semana, em Decodificando o DNA, a geneticista Mayana Zatz apresenta uma promissora aplicação das células-tronco: “recauchutar” corações que apresentam problemas. Para isso, a ideia é utilizar células-tronco pluripotentes induzidas, as células IPS, da sigla em inglês. Descobertas em pesquisa que levou um Nobel em 2012, elas têm a capacidade de se diferenciar em qualquer tecido, sendo obtidas a partir de uma célula-tronco não-pluripotente adulta, por meio da indução da manifestação de certos genes.

Uma das grandes vantagens para seu uso terapêutico é que podem ser utilizadas no tratamento da própria pessoa de quem foram tiradas, além de poderem ter suas mutações estudadas diretamente e corrigidas – é o chamado “paciente num tubo de ensaio”.

“Fazemos isso rotineiramente agora. Podemos, a partir do sangue de uma pessoa portadora de doenças genéticas, reprogramar as células desta pessoa no laboratório, e gerar qualquer tecido: neurônios, células musculares, ósseas, e cardíacas”, explica a cientista.

Essa tecnologia tem sido especialmente estudada para a regeneração de órgãos, e uma publicação recente da revista Nature trata dos primeiros testes do método para o tratamento de doenças cardíacas. A pesquisa é liderada pelo médico Yoshiki Sawa, na Universidade de Osaka, Japão.

A professora do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências (IB) da USP conta mais detalhes em sua coluna.

Ouça na íntegra clicando no áudio acima.


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