Na nova edição de Decodificando o DNA, a geneticista Mayana Zatz, professora do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências (IB) da USP, continua a comentar sobre os dez anos desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as pesquisas com células-tronco embrionárias não violam o direito à vida, tampouco a dignidade da pessoa humana. Desta vez, a professora dá destaque para pesquisas realizadas pela USP, partindo da diferenciação entre estudos com células-tronco adultas e células-tronco embrionárias.
“Enquanto as embrionárias têm o potencial de formar todos os tecidos do corpo, algumas células mantém as características de formar alguns tecidos. Essas são as que a gente chama de células-tronco adultas”, explica Mayana. Ao mesmo tempo em que as pesquisas com esse tipo de células continuavam, centenas de clínicas começaram a fazer tratamento com células-tronco para as mais diversas patologias.
Em laboratório, a professora destaca uma pesquisa envolvendo células-tronco humanas adultas de tecido adiposo e cordão umbilical injetadas em camundongos com doenças neuromusculares, que levam à perda dos músculos e à morte prematura. “Observamos que houve uma melhora nos animais e aumento de sobrevida, mas descobrimos que as células não se diferenciam como pensávamos no começo”, revela.
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