O governo Trump decidiu retirar os EUA do acordo militar com o Irã. “Era um bom acordo, negociado durante vários anos pelo governo Obama”, avalia o embaixador Rubens Barbosa. O acordo congelava o programa nuclear do Irã, mas desagradava Trump, que, não bastasse romper com o acordo, ameaça restaurar sanções econômicas contra aquele país. Segundo Barbosa, foi uma decisão pessoal do presidente norte-americano, a qual vai contra a própria ONU e os demais países signatários do acordo (França, Reino Unido, Alemanha, Rússia, China). Somente Israel e Arábia Saudita manifestaram-se favoráveis à decisão de Trump.
“Essa decisão do governo americano implica um cálculo político que nós vamos ter que esperar para ver”, diz o colunista. A medida somente fortalece os conservadores radicais iranianos, que sempre se mostraram contra o acordo, e aumenta o risco de estimular uma corrida armamentista no Oriente Médio, potencializando a possibilidade de conflitos na região. Rubens Barbosa considera que o fim do acordo não é bom para ninguém.