O professor Renato Janine Ribeiro explica, em sua coluna desta semana, como o brasileiro tende a projetar uma caricatura da ética na política. Segundo ele, a dificuldade em aceitar a diversidade de opiniões políticas se deve à imaturidade e falta de tradição política do País.
Janine lembra que não existe, fatalmente, um lado certo e um lado errado: as pessoas simplesmente têm visões de mundo diferentes. O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff ilustra bem esta dicotomia.
O professor comenta que existem, basicamente, duas frentes políticas no Brasil. Uma primeira liberal, de direita, que acredita na soberania do indivíduo, na mínima interferência estatal e na independência da economia perante o Estado. Outra de caráter mais social, de esquerda, que acredita que o Estado deve arrecadar mais, ter maior controle e distribuir renda. Ele endossa a legitimidade de ambos os posicionamentos.
Por fim, Janine comenta o desvio ético mais recorrente no Brasil: idealmente, os dois lados deveriam apresentar candidatos honestos e competentes. É costumeiro no País, entretanto, ocorrerem rodadas de acusações sobre a desonestidade ou incompetência dos candidatos. O professor ressalta a falsa ética presente nessa conduta, já que geralmente ela é fruto de uma manipulação.
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