Circunferência abdominal é influenciada em 40% pela genética

Conclusão faz parte de estudo sobre hereditariedade em doenças cardiovasculares

 30/01/2018 - Publicado há 6 anos

Em 2005, a então doutoranda pela USP, Camila Maciel, pretendia fazer um mapeamento da tendência da população brasileira em adquirir doenças cardiovasculares hereditárias. A cidade de Baependi, no interior de Minas Gerais, foi a escolhida para sediar o projeto. Com pouco mais de 20 mil habitantes, moradores e suas famílias foram escolhidos de forma aleatória para compor o grupo que serviria de base para o estudo. Pesquisadora, especialista em endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e professora de Medicina Integrada da Universidade Federal do Paraná, Camila explica que o enfoque da pesquisa, que já dura mais de dez anos, está nos fatores de risco que levam a doenças cardiovasculares, a chamada síndrome metabólica. Nela, encaixam-se sintomas como hipertensão, circunferência abdominal e os níveis de glicose e de HDL, ou colesterol bom.

Os resultados do projeto relacionam esses fatores à hereditariedade. Por exemplo, a circunferência abdominal é influenciada em 40% pelo fator genético. Já a hipertensão e o nível de glicose, em 20%. A médica explica que o próximo passo é avaliar a frequência com que os problemas cardiovasculares aparecem nessas pessoas. Além disso, o estudo também busca a prevenção dos fatores de risco nas crianças. Aulas e ensinamentos através de meios atrativos, como literatura de cordel, são oferecidos para a comunidade local.

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