Desde quinta-feira, a Polícia Federal tem um novo diretor-geral: o delegado Fernando Segóvia, indicado pela gestão do presidente Michel Temer.
Na análise do professor da Faculdade de Direito (FD) da USP, Davi Teixeira de Azevedo, a troca de comando não deverá afetar o andamento da Operação Lava Jato. “Temos uma espécie de síndrome em relação à operação, de que qualquer alteração é interpretada como motivo de enfraquecimento”, coloca o professor.
Azevedo lembra que, desde o Mensalão, pessoas de grande influência política estiveram no foco das investigações contra a corrupção. “Temos um modelo bastante firme de atuação da Polícia Federal. Não vejo como a Lava Jato será prejudicada”, diz. Ele lembra que a Lava Jato “veio para ficar” e já adquiriu maturidade suficiente para não se abalar com a mudança ocasional de seus atores.