A crise dos refugiados na Europa atinge em cheio a Itália, a partir das embarcações que chegam em pontos diversos de seus 8 mil quilômetros de costa.
Segundo a professora Marília Fiorillo, da Escola de Comunicações e Artes da USP, neste ano os refugiados já passam de 100 mil pessoas. “E a tendência é o crescimento desse fluxo de cidadãos em trânsito crônico.”
Citando o filósofo italiano Antonino Infranca, a colunista aborda uma “nova modalidade de imigrante que a Comunidade Europeia considera como legítimo refugiado, em contraste com a tradicional imigração africana, caracterizada como eminentemente econômica”.
O porém, segundo Marília, é que a Itália “não tem uma estrutura para o acolhimento, mesmo provisório, de tanta gente”. Muitas vezes são as máfias locais, e não o Estado, que se encarregam de organizar pequenos abrigos em casas abandonadas em zonas rurais”, conta a professora. “Uma variante mediterrânea das tendas de refugiados.”