A melatonina é um hormônio responsável por regular o metabolismo durante a noite, preparando o organismo para o dia seguinte. Devido à sua função, é administrada medicinalmente em pacientes com alguns distúrbios do sono. Pesquisas visando ao uso em outras áreas também existem, como, por exemplo, no tratamento da diabete; porém, elas ainda possuem poucas evidências clínicas. No entanto, o professor de Fisiologia, José Cipolla Neto, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, conta que muitas pessoas utilizam o medicamento de forma inadequada.
Como não existe registro da melatonina como medicamento, ela não está sob o controle do Sistema de Vigilância Sanitária. Aliado a isso, algumas importadoras conseguiram uma liminar para que a substância fosse comercializada em farmácias de manipulação, sem a necessidade de prescrição médica. Com a venda facilitada e baseada em uma noção errônea de que o hormônio é inócuo, parte da população começou a adquirir o produto para fins inadequados. Entre eles, a busca pelo emagrecimento. O professor alerta que o uso indevido e regular pode, em um primeiro momento, desorganizar o organismo e causar sonolência em período diurno. Em último caso, a expectativa de vida da pessoa também é afetada.
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