O número de imóveis residenciais vendidos na cidade de São Paulo caiu 4,5% em fevereiro deste ano em comparação ao mesmo mês de 2016, mas a receita global foi cerca de 13% maior. Ao comentar sobre essa aparente contradição, a colunista Raquel Rolnik observa que esse é um fenômeno global, sobretudo nas grandes cidades. Tem a ver, segundo ela, com os interesses dos fundos de investimento estrangeiros, que compram os imóveis com fins especulativos ou como forma de investimento. Nesse mecanismo perverso, o imóvel não é adquirido para uso imediato, mas para servir ao capital financeiro, que muitas vezes nem paga imposto. Claro que tudo isso é feito às custas de quem precisa de um lugar para morar.
Mercado imobiliário serve aos interesses do capital financeiro
Segundo Raquel Rolnik, os imóveis têm sido um veÃculo muito importante de investimento financeiro para grandes fortunas