Ao final de 2020, foram iniciadas as primeiras atividades do Centro de Apoio Tecnológico a crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O projeto é uma parceria entre o escritório de Relacionamento da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e a Prefeitura Municipal de Cajamar. Inaugurada oficialmente durante a pandemia do coronavírus, a iniciativa busca utilizar tecnologias para a inclusão dessa população em uma época em que o isolamento impôs dificuldades no convívio.
“Ao longo deste período, tem sido uma experiência bem bacana, pois antes da pandemia já utilizávamos tecnologia e agora há um novo enfoque que é imaginar como podemos trabalhar a distância”, conta um dos participantes do projeto, Eduardo Mancebo, formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP e especialista em tecnologias inclusivas em entrevista ao programa Jornal da USP no Ar 1ª Edição.
Apesar de predominante em um contexto de pandemia, o mundo virtual não supriu todas as demandas na socialização de quem convive com o autismo. “Neste primeiro momento, no levantamento em Cajamar, percebemos a grande demanda que tem por parte das famílias na questão do autismo. Então, estamos com uma expectativa bastante grande de poder colaborar com o atendimento a esses jovens”, aponta Mancebo.
“Para o autismo, é absolutamente importante ter a presença pessoal, mas isso estamos conseguindo fazer principalmente com o pessoal técnico que nós dispomos no centro em Cajamar”, comenta o professor Antonio Marcos de Aguirra Massola, do Escritório de Relacionamento da Escola Politécnica (Poli), ressaltando a importância do município de Cajamar, que envolveu as Secretarias de Educação e Saúde no projeto, além de ceder um prédio para a realização a partir da Procuradoria de Justiça.
Diante disso, a Escola Politécnica contribui na parceria com a qualificação profissional dos profissionais que estarão envolvidos no atendimento a jovens com autismo. “Estamos com bastante expectativa no desenvolvimento de novas estratégias que já dominamos. Não tem nada pronto ainda. Principalmente através do trabalho em equipe e de parceria, a ideia é estabelecer novos protocolos, de maneira que possamos propagar isso para o futuro, com outros centros, outras experiências de atendimento”, conclui Eduardo Mancebo.
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