Hospital especializado da USP promove conscientização sobre a fissura labiopalatina

Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP em Bauru é referência mundial na área e busca contribuir para a disseminação de informações, a sensibilização da sociedade e a redução do preconceito

 28/06/2023 - Publicado há 10 meses
Fachada do HRAC -Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

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O Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho) da USP em Bauru completa, neste sábado, 24 de junho, 56 anos de atividades. Na ocasião também é comemorado o Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina (instituído pela Lei Nº 14.404, de 11 de julho de 2022) e o Dia Municipal da Pessoa com Fissura Labiopalatina (Lei Nº 6.849, de 29 de setembro de 2016), data escolhida justamente em razão do dia de fundação do HRAC, em 1967, pioneiro nesta área no Brasil.

O HRAC é referência mundial no tratamento e pesquisa das anomalias craniofaciais congênitas, síndromes associadas e deficiência auditiva. Desde 2005, é reconhecido como Hospital de Ensino pelos Ministérios da Saúde e da Educação e tem dado importante contribuição para a formação e especialização de recursos humanos altamente qualificados para a área da saúde, com mais de 2 mil mestres, doutores, especialistas e outros profissionais titulados, do Brasil e do exterior.

Registrando mais de 128 mil pacientes já atendidos de todos os Estados do País, o HRAC foi escolhido, em 2021, Centro de Liderança em Fissuras Labiopalatinas pela Smile Train, a maior organização do mundo na área, servindo como núcleo para o treinamento profissional em fissuras e como modelo para outros centros de tratamento.

Com atuação acadêmica ligada à USP, conta atualmente com cerca de 500 estudantes matriculados em cursos de pós-graduação stricto sensu – mestrado e doutorado -, além de pós-doutorado, e em cursos lato sensu e de extensão – especializações, residências médicas e multiprofissionais, práticas profissionalizantes, atualização, aperfeiçoamento, difusão e formação, todos gratuitos.

O HRAC também mantém 39 convênios de cooperação acadêmica nacionais e internacionais vigentes, com participação de seus membros em projetos e grupos de pesquisa em parceria com renomadas universidades e institutos do exterior. Sua equipe também é responsável por expressiva produção científica, com centenas de trabalhos publicados anualmente no Brasil e em diversos países.

“Pesquisas e trabalhos inovadores desenvolvidos pela equipe do HRAC ao longo dessas cinco décadas contribuíram para a formulação de políticas públicas, a descoberta de síndrome rara, o desenvolvimento de novos aparelhos e próteses e o aperfeiçoamento de protocolos de tratamento. Isto não é pouco, e a implantação da futura Faculdade de Medicina de Bauru da USP deverá elevar ainda mais o nome de Bauru no cenário científico nacional e internacional”, ressalta o professor Carlos Ferreira dos Santos, superintendente do HRAC e vice-diretor da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB), que abriga temporariamente o Curso de Medicina.

A partir de agosto de 2022, o HRAC passou a integrar o complexo do Hospital das Clínicas de Bauru (HCB), unidade sob gestão da Organização Social de Saúde Faepa e cujas atividades de assistência são atribuição da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP).

Criança com fissura labiopalatina atendida no HRAC – Foto: Daniela Falasca/Acervo HRAC

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Dia de conscientização

O Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina tem como principal objetivo contribuir para a disseminação de informações, a sensibilização da sociedade e a redução do preconceito em relação às pessoas que nascem com esta condição.

A fissura labiopalatina é uma malformação com incidência em uma a cada 650 crianças nascidas. Ela é caracterizada por problemas na formação da face do futuro bebê nas primeiras semanas de gestação, podendo envolver, de maneira isolada ou associada, o lábio, a gengiva e o palato (céu da boca), e trazer implicações estéticas, funcionais e psicossociais.

Dependendo do tipo de fissura, sem o devido tratamento e acompanhamento especializado, o indivíduo pode apresentar dificuldades na alimentação; alterações nos dentes, na mordida e no crescimento craniofacial; distúrbios no desenvolvimento da fala e da audição; além de reflexos na autoestima e inserção social.

Para saber mais sobre o HRAC, acompanhe a página do hospital e as redes sociais Facebook e Instagram.

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Texto: Tiago Rodela, da Assessoria de Comunicação do HRAC


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