Na coluna Corpo e Movimento desta semana o professor José Carlos Farah fala como o sedentarismo pode impactar a vida das pessoas. Para ele, o impacto é grande tanto para nossa saúde como também é muito oneroso ao Estado. Ele explica que, em relatório recente, a Organização Mundial da Saúde fez um alerta de que quase 500 milhões de pessoas vão desenvolver doenças cardíacas, obesidade ou outras doenças atribuídas à inatividade física entre 2020 e 2030. O documento contém dados de 194 países e mostram um progresso lento das nações para a criação de políticas públicas que possam reverter este quadro. “A OMS destaca que os custos com este problema de saúde pública podem chegar a US$ 27 bilhões ao ano. Por outro lado, é melhor investir na prevenção, que é mais barato, do que tratar diabete, derrame, infarto e câncer, que são as doenças típicas do sedentarismo”, analisa.
Para Farah, a mudança vem com políticas públicas que incentivem a prática da atividade física a todas as camadas da população, mas também uma mudança de mentalidade através da educação de crianças e adolescentes que, quando adultos, deixarão de ser sedentários. O professor destaca que não é fácil, mas é possível.
O professor recomenda que com a tecnologia ganhamos tempo e devemos investir parte desse tempo em atividades físicas, seja elas quais forem. Não precisamos virar um maratonista, ou tenista, ou corredor, nadador, remador profissional. A OMS recomenda 150 minutos por semana de exercício moderado ou 75 minutos de mais intenso. Para melhorar o sistema cardiovascular, de duas a três vezes por semana, de 20 a 30 minutos, mas com intensidade moderada, já é suficiente.