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Você já conheceu pessoas que são muito parecidas, mas não são parentes? Uma nova pesquisa publicada em agosto na revista Cell Report analisou genoma de 32 pares de pessoas cujos rostos eram tão semelhantes quanto os de gêmeos idênticos. Os voluntários foram escolhidos a partir de um projeto com fotos de um artista canadense chamado François Brunelle.

Os pais dos voluntários preencheram questionários a respeito da sua vida e forneceram amostras para análise de DNA. Em 16 dos pares, a análise dos rostos realizada por softwares de imagem calculou algoritmos iguais aos dos gêmeos idênticos, enquanto nos outros 16 pares os algoritmos não foram tão semelhantes. “É interessante que, enquanto algumas pessoas acham divertido e se identificaram com a descoberta de um sósia, outros ficaram descontentes porque gostariam de ter uma aparência única”, diz Mayana Zatz, diretora do Centro de Estudos sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP.

“Sempre se pergunta quanto da semelhança entre pessoas depende do ambiente ou da genética”, indaga Mayana. “É muito comum ver filhos adotados se assemelharem a seus pais adotivos. Muito disso se deve à imitação na maneira de falar, nos gestos, nas expressões faciais, mas, no caso desse estudo, os sósias viviam em regiões diferentes e não tinham nenhum elo familiar, pelo menos até 100 anos atrás.”

Os detalhes e os resultados do estudo são detalhados pela geneticista.

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