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Em sua coluna desta semana, a professora Marisa Midori fala sobre “uma parte tão importante do livro e que às vezes é invisível para o leitor – o índice”. A colunista parte da publicação recente no Brasil do livro Uma História do Índice (Ubu Editora), do professor britânico Dennis Duncan, e que tem como subtítulo a instigante frase: “Uma aventura livresca dos manuscritos medievais à era digital”. “Antes de tudo, é importante fazer um adendo: chamamos muitas vezes de índice o que é, na verdade, o sumário de um livro. Esse é um erro bem comum”, alerta a professora. “O índice faz parte da própria história do livro, da indexação de conteúdo. E quando Duncan fala de índice, ele fala naquele conjunto de textos ou referências que nós encontramos normalmente no final do livro, como o índice onomástico ou de nomes. É todo um sistema de referenciação”, esclarece a professora.

A professora Marisa Midori vai além do livro do professor da University College de Londres e faz uma comparação com as enciclopédias. “Elas também possuem uma ordenação, como o índice; representam um esforço de ordenação, de organização da informação em livros cujo formato original é o códice – o mesmo formato que temos hoje”, afirma a colunista, lembrando que as primeiras enciclopédias surgiram no século 12, na Baixa Idade Média. “O próprio fato de virar as páginas, de numerá-las, permitiu uma série de indexações. Enciclopédia é isso: um conjunto formado pela enumeração de uma série de componentes. Então, qual o papel da enciclopédia? É referenciar o mundo, ou uma parte dele”, conclui Marisa Midori.

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