Geração Z: jovens mais pragmáticos e preocupados com injustiças sociais

“Se, por um lado, temos uma característica mais posada, idealista e perfeita dos millennials, o pessoal da Geração Z é mais ativo, mão na massa”, destaca Luli Radfahrer

 25/06/2021 - Publicado há 3 anos

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Na coluna Datacracia de hoje (25), o professor de Comunicação Digital da Escola de Comunicações e Artes da USP Luli Radfahrer fala sobre a Geração  Z e os conflitos geracionais que se sucedem. Até pouco tempo atrás, a geração mais jovem era a chamada millennial, que inclui os nascidos entre 1981 e 1997. “A Geração Z é a dos nascidos entre 1997 e 2015, que hoje têm entre 6 e 24 anos e já estão causando fortes mudanças culturais”, explica o professor. Ele ainda complementa que, anterior aos millennials, há a Geração X. E, anterior a essa, os baby boomers.

De acordo com Radfahrer, os zoomers, como são chamados os nascidos na Geração Z, tendem a ser mais pragmáticos e independentes. “O conceito de geração não tem nada de científico, mas a gente tem que levar em conta que há muita transformação social recente”, destaca o professor. A pandemia teve efeitos sociais, econômicos e psicológicos muito diferentes nas diversas gerações, mas principalmente naquelas que ainda estavam em fase de formação: a Geração Z.

Há algumas diferenças bem claras entre os millennials e os zoomers, segundo Radfahrer. “Se, por um lado, temos uma característica mais posada, idealista e perfeita dos millennials, o pessoal da Geração Z é mais ativo, mão na massa”, ressalta. Enquanto na geração passada o estilo e glamorização é bem característico, na atual a preocupação com injustiças sociais é bem forte. “A gente já tem ativistas de ação global dessa geração e entre eles podemos citar a Greta Thunberg, menina sueca de 18 anos e ativista contra mudanças climáticas, e a Billie Eilish, cantora de 19 anos e ativista na relação que as pessoas têm com o corpo”, complementa o professor.

Radfahrer ainda comenta que o único patrimônio das gerações mais novas é a própria novidade. “Eles ainda não têm independência financeira nem uma grande experiência ou conhecimento”, destaca. Esse é um dos principais argumentos levantados em conflitos entre gerações, porque, independentemente do patrimônio cultural, não se acumula juventude. “Mas as gerações têm muito a aprender umas com as outras”, contrapõe. O que hoje é novo, um dia também vai ser chamado de velho.


Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.

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