O filme coreano Parasita quebra uma tradição do Oscar de premiar produções americanas. Mas o que isso tem a ver com economia? A fita mostra uma profunda consciência da desigualdade social. Esse foi o assunto abordado pelo professor Gilson Schwartz em sua análise sobre a desigualdade no Brasil. Números mais recentes do Índice de Desenvolvimento Humano da ONU mostram que nossa República é um dos países mais desiguais do mundo, só perdendo para o Catar. Aqui 1% dos mais ricos ficam com 28,3% da renda nacional. No Catar, o índice chega a 29% da renda. No entanto, o Índice de Desenvolvimento Humano é maior e educação e saúde têm melhores condições. O Brasil caiu na classificação mundial, mas a concentração de renda evoluiu. A cidade de São Paulo cresceu em relação ao País.
O professor Schwartz lembra que, desde 2015, enfrentamos uma crise profunda. “A recuperação da economia recentemente é frágil, puxada por quem não tem carteira de trabalho, trabalhos informais ou precários, o que aprofunda ainda mais a concentração nas camadas mais altas de renda.”
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