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Estética e beleza sempre chamam a atenção. E, com o mercado e as redes sociais apresentando novos produtos a cada dia, sobram dúvidas sobre eficiência e riscos à saúde. Neste Pílula Farmacêutica, vamos entender melhor como funciona o minoxidil para o tratamento da calvície.
O que é minoxidil?
A acadêmica Kimberly Fuzel, orientada da professora Regina Andrade, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, conta que o minoxidil é um medicamento originalmente lançado em 1979 para tratar hipertensão grave. Mas, como efeito colateral, hipertensos tratados pela droga “notaram uma reversão na calvície de padrão masculino” e 80% deles “apresentaram hipertricose, que é o crescimento de pelos perto das orelhas”.
O minoxidil é um vasodilatador que melhora a circulação sanguínea. Por esse motivo, segundo Kimberly, a substância “promove e prolonga a fase anágena, que é a fase de nascimento e crescimento de cabelo”, estimulando o crescimento capilar.
Como usar o minoxidil?
O minoxidil é encontrado em fórmulas com soluções entre 2% e 5%, “as mais indicadas para o tratamento capilar antiqueda”, informa a acadêmica. Além de tratar queda de cabelo, podem também preencher falhas na barba ou nas sobrancelhas.
Quais os efeitos colaterais do minoxidil?
Como qualquer medicamento, a droga oferece riscos de reações adversas. Na versão oral, por exemplo, pode causar náusea; alterações nos pelos faciais e corporais, tanto de homens quanto de mulheres; além de reações mais raras e sérias como “aumento da frequência cardíaca, dificuldade para respirar principalmente ao se deitar, dores no peito, braços ou ombros”, alerta Kimberly. O uso tópico pode causar coceira, irritação na pele e dermatite leve no couro cabeludo.
A própria hipertricose – surgimento de pelos na face e próximo das orelhas – é um evento adverso comum, inclusive nas mulheres. Além disso, foram relatadas pele seca, descamação do couro cabeludo e até aumento da queda de cabelo no início do tratamento. Kimberly diz que “a ação do medicamento” transfere a fase de repouso para a fase de crescimento; assim, “os cabelos velhos caem para os novos crescerem no lugar”. Esse período de queda, segundo a acadêmica, é temporário e dura em média de duas a seis semanas.
A orientação, portanto, é a mesma válida para outros medicamentos: seguir as indicações do fabricante e as recomendações do médico.