Pelo menos desde dezembro do ano passado, o mundo vem acompanhando o avanço da covid-19, doença causada pelo vírus sars-cov-2 que já contaminou pelo menos 7 milhões de pessoas e matou mais de 400 mil. Fatores que explicam essas mortes vão além da insuficiência respiratória e entre eles um termo tem chamado a atenção: tempestade de citocinas.
Como as dúvidas ainda são muitas, apesar da rapidez das pesquisas sobre o novo coronavírus, os pesquisadores se debruçam sobre esta, que é descrita como uma resposta inflamatória exagerada do sistema imunológico do organismo infectado em casos graves da covid-19. E explicam que, nesses casos, o sistema de defesa produz uma quantidade muito maior que a necessária de citocinas (proteína que regula a inflamação e imunidade para combater as infecções).
Com o excesso dessas informações, transmitidas pelas citocinas para as células de defesa, células saudáveis do tecido infectado também são atacadas. Quando isso acontece, o corpo produz ainda mais citocinas, num ciclo cada vez mais rápido, que pode levar à morte.
Neste episódio do Pílula Farmacêutica, a acadêmica Giovanna Bingre, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, relata os sintomas e tratamentos utilizados no controle desse quadro grave da covid-19, além de explicar como determinadas condições de saúde, como obesidade, diabete e hipertensão, predispõem à tempestade de citocinas.
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