Circula nas redes um sociais um vídeo em que o jornalista Cláudio Lessa afirma que a Pfizer, no dia 31 de agosto, patenteou um sistema que rastreia os vacinados por meio de micro-ondas e do óxido de grafeno, que estaria presente na vacina.
Mais do que fantasiosa, essa notícia é uma fake news absurda. Não há óxido de grafeno na composição de nenhuma vacina contra a covid-19, além de não ser possível rastrear pessoas dessa forma. O óxido de grafeno vem sendo testado como adjuvante em algumas vacinas, mas ainda não é utilizado em nenhuma delas. Adjuvantes são substâncias usadas nas vacinas para auxiliar na resposta imunológica.
A vacina da Pfizer, na realidade, é feita de nanopartículas lipídicas, isto é, pedaços microscópicos de gordura, que envolvem e protegem um fragmento de RNA mensageiro, um fragmento genético com instruções para que as nossas células produzam a proteína Spike do SARS-CoV-2, o vírus causador da covid-19, desencadeando assim uma resposta imune contra o vírus.
No dia 31 de agosto, de fato, foi emitida uma patente, contudo ela pertence a dois advogados israelenses sem ligação alguma com a Pfizer, a patente trata do uso de contato digital para aplicação de medidas profiláticas, isto é, preventivas, contra doenças infecciosas propagadas pelo ar, como a própria covid-19. A ideia seria aplicar as medidas profiláticas primeiro naqueles que realizam mais interações sociais para obter um melhor desempenho epidemiológico.
Lembre-se de buscar informações em fontes confiáveis e em caso de dúvida busque por sites de verificação de fatos como o Projeto Comprova. E não deixe de se vacinar.
Fake News não Pod
Produção: Vydia Academics, Pretty Much Science (PMScience),
Projeto: João Fake News (bit.ly/JoaoFakeNews).
Roteirista e apresentadora: Laura Colete Cunha
Coprodução e Edição: Rádio USP Ribeirão Preto
Coordenação: Rosemeire Talamone
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