A USP assinou um convênio com a Prefeitura de São Paulo e com a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab), para a transformação de dois prédios desocupados em habitação para estudantes e pesquisadores estrangeiros. A cerimônia foi realizada no dia 12 de julho, na sede da Prefeitura.
O convênio prevê que a Cohab entregue os prédios já avaliados, regularizados e com o projeto para a adaptação dos imóveis que deverá ser implantado pela Universidade. Após a reforma, o edifício Villa-Lobos, localizado na Rua José Bonifácio, terá 46 apartamentos de 48 m² e o edifício Tarsila do Amaral, na Rua Benjamin Constant, abrigará 52 unidades de 43 m². “Por meio dos convênios, encontramos uma maneira inteligente de acelerar o processo e transferir para a USP um imóvel já com os trâmites legais prontos”, afirmou o prefeito Gilberto Kassab. “Espero que com esse convênio podemos aumentar ainda mais a parceria e futuramente abrigar aqui no centro não apenas os alunos estrangeiros como também brasileiros do interior ou de outros Estados.”
A adaptação desses prédios faz parte do programa Renova Centro, da Prefeitura, que surgiu em 2009, quando a Cohab encomendou uma pesquisa para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP sobre imóveis abandonados no centro da cidade que poderiam ser adaptados para moradia. De acordo com o programa, todos os prédios envolvidos no Renova Centro deverão ter em comum alguns parâmetros de acessibilidade, sustentabilidade e identidade visual.
“O Renova Centro é uma oportunidade de resgatar o espaço urbano da região central. Estamos felizes da USP poder fazer parte desse programa”, afirma o secretário municipal de Habitação e Presidente da Cohab, Ricardo Pereira Leite. Já para o reitor João Grandino Rodas, “a USP deve muito ao centro de São Paulo. Além das unidades localizadas na região central da cidade, muitas outras iniciaram suas atividades nessa região antes de se mudarem para a Cidade Universitária”.
Atraindo mais estrangeiros para a USP
Os prédios resolvem o problema de moradia que muitos alunos e pesquisadores estrangeiros encontram quando decidem fazer o intercâmbio na USP. Além de ser próxima à Faculdade de Direito do Largo São Francisco, a região onde os prédios estão localizados possui muitas opções de transporte, lazer e cultura, facilitando a locomoção e a integração do estrangeiro em uma cidade do tamanho de São Paulo.
Dessa forma, a USP pretende atrair mais estrangeiros e multiplicar sua participação na comunidade uspiana – atualmente 1.850 apenas 2% dos alunos da USP não são brasileiros. “Assim nos tornamos uma Universidade cada vez mais internacionalizada. Isso é importante não apenas para ganhar posições nos rankings internacionais, mas também para participar mais ativamente da comunidade universitária internacional”, conclui o reitor.
(Foto: Francisco Emolo)