A reunião foi realizada de forma remota e transmitida da sala do Conselho Universitário – Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Os diretores e vice-diretores das Unidades de Ensino e Pesquisa, institutos, museus e centros especializados da USP aprovaram uma moção de apoio à Reitoria da Universidade em que expressam a “preocupação sobre a perda da autonomia universitária, garantia inexcedível da nossa reconhecida excelência em ensino, pesquisa e extensão”.
O documento foi elaborado e divulgado durante a Reunião de Dirigentes, realizada no dia 17 de dezembro. A iniciativa foi da professora titular da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e coordenadora do Escritório USP Mulheres, Maria Arminda do Nascimento Arruda, e foi aprovada por unanimidade pelos mais de 130 participantes do encontro.
Logo no início da reunião, o reitor Vahan Agopyan expressou sua preocupação quanto à aprovação, pela Assembleia Legislativa de São Paulo, da Lei Orçamentária Anual (LOA), ocorrida na madrugada do dia 17, que prevê a retirada de R$ 454 milhões do orçamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) a partir da desvinculação de 30% da receita prevista. O reitor classificou o fato como um “ataque à autonomia das universidades e à ciência paulista”. “O apoio da nossa comunidade tem sido imprescindível para coibir esses ataques”, reiterou Agopyan.
Leia, a seguir, a íntegra da manifestação.
Aulas de graduação e de pós-graduação
Na mesma reunião, também foram discutidas questões relativas à retomada das atividades presenciais na Universidade, principalmente no que tange às aulas de graduação e de pós-graduação.
O pró-reitor de Graduação, Edmund Chada Baracat, explicou que as “aulas teóricas que não necessitem de interação com os estudantes poderão ser ministradas de forma remota, utilizando as plataformas e os recursos digitais disponíveis na Universidade, como o Google Meet, o e-Disciplinas e o e-Aulas”. As atividades presenciais, segundo ele, deverão ser reservadas essencialmente para aulas práticas.
Em relação à pós-graduação, o pró-reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior afirmou que o calendário da área é mais flexível e que, no primeiro semestre de 2021, as disciplinas deverão continuar sendo ministradas de forma não presencial. “Em janeiro e fevereiro, a realização das bancas de Mestrado e de Doutorado continuará sendo 100% remota, o que pode ser prorrogado para os meses seguintes em função da evolução da pandemia”, considerou.
O vice-reitor da Universidade, Antonio Carlos Hernandes, que coordena o grupo de trabalho responsável pelo desenvolvimento do Plano USP para retomada das atividades presenciais, ressaltou que o GT tem acompanhado e monitorado a evolução da pandemia junto ao Centro de Contingência do Coronavírus, ligado ao Governo do Estado, cujas informações têm embasado as atualizações do documento. Uma nova atualização deverá ser divulgada no mês de janeiro.
Outro assunto apresentado durante a reunião foram as melhorias realizadas pela Superintendência de Assistência Social (SAS) voltadas aos moradores do Conjunto Residencial da USP (Crusp), tais como a instalação da rede de internet em todos os blocos que compõem o conjunto e o fornecimento diário de alimentação no período de suspensão das atividades presenciais.