A revista Saúde e Sociedade lançou sua nova edição (volume 27, número 1, 2018), com um dossiê sobre desigualdade.
Um dos trabalhos realiza uma análise sociocultural sobre a atuação em saúde nos casos de imigração e refúgio. A ideia é “refletir sobre os processos de inclusão de imigrantes e refugiados pelas instituições de saúde, considerando (…) o comprometimento dessa área com os direitos humanos”. Assim, o artigo debate “alguns conceitos antropológicos que podem contribuir para uma abordagem menos estereotipada dos processos de inclusão nas instituições de saúde nacionais”, buscando dar uma contribuição das Ciências Humanas para a formulação de políticas públicas relacionadas. Entre as reflexões, ressalta-se que o fenômeno sociocultural da identidade deve ser considerado no contato intercultural ao lidar com esse público.
Em paralelo, outro estudo trata dos significados do princípio da “atenção diferenciada” analisando discursos e práticas de gestores do Subsistema de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas na Bahia. Para os autores, “a prestação de ações de atenção à saúde efetivamente diferenciadas, que considerem as especificidades socioculturais dos povos indígenas e sua medicina tradicional, pode contribuir para maior resolutividade do cuidado à saúde desses povos”.
A publicação é organizada pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP e destina-se à veicular trabalhos científicos originais sobre práticas de saúde, visando ao desenvolvimento interdisciplinar do campo da saúde pública.
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