Uma boa noite de sono é primordial para a saúde e a realização das atividades do dia a dia. Segundo dados colhidos entre 2018 e 2019 pela Associação Brasileira do Sono (ABS), a população brasileira está dormindo menos; de 6,6 horas por dia em 2018 passou a 6,4 horas por dia em 2019.
A pesquisadora Paula Kageyama, do Centro de Medicina do Sono do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP) da USP, explica que o fenômeno preocupa os profissionais da saúde que cuidam do sono, porque dormir corretamente é de extrema importância para a saúde física e mental.
Não dormir o suficiente com frequência pode prejudicar a memória, concentração, desempenho intelectual e até o humor. Além disso, Paula explica que a falta de qualidade do sono gera consequências futuras, colaborando no aparecimento de doenças como diabete, obesidade, pressão alta, problemas cardíacos, baixa resistência e até mesmo o prejuízo da sexualidade.
Alimentação saudável e exercícios físicos regulares, assegura a pesquisadora, podem ajudar o paciente a ter noites melhores. Porém, também é importante realizar a higiene do sono, uma prática comportamental e ambiental que envolve medidas como não utilizar aparelhos eletrônicos, manter o quarto escuro e não ingerir comidas pesadas e bebidas alcoólicas ou com cafeína antes do dormir. Essas atitudes podem melhorar a qualidade do sono do brasileiro.
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