O programa Diálogos na USP desta semana abordou o conceito de relato integrado, que trata da integração dos relatórios contábeis com as informações de natureza não financeira que propõem a discussão de um novo modelo de negócios baseado em seis capitais em contraposição aos estudos de economia criativa. São eles o financeiro, manufaturado, humano, intelectual, social e natural.
Para tratar do tema, Gilson Schwartz, livre-docente em Economia do Audiovisual da Escola de Comunicações e Artes, especialista em economia criativa, e José Roberto Kassai, coordenador do Núcleo de Estudos em Contabilidade e Meio Ambiente da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, ambos da Universidade de São Paulo.
Segundo Gilson Schwartz, o motor da evolução, como a hélice do DNA, tem que ser planetário, inovador e sustentável. “A contabilidade muda e, com a economia digital e criativa, tem desafios inéditos que a Universidade está pesquisando. Definir a economia sempre foi objeto de polêmicas” , destaca. Para ele, “a informação é a fonte do valor, numa sociedade em que a informação circula por novas mídias, sobretudo audiovisual, então ela se transforma em algo universal”.
José Roberto Kassai diz que o relato integrado não é um novo relatório, mas um processo. “O que tem que mudar é a cultura baseada no que chamamos de pensamento integrado. Na década de 1960, cerca de 90% do valor de uma companhia na bolsa de valores ou em uma transação era bem tangível como: prédios, estoques e mercadorias. Hoje mudou completamente. O valor de uma empresa é 80% intangível, o aspecto de valor avalia mais outras moedas. Nesse aspecto entra o relato integrado”, avalia.
Apresentação do programa Diálogos na USP de Marcello Rollemberg, produção Redação Rádio USP e trabalhos técnicos de Benevaldo Ribeiro