No documento que se tem até o momento sobre o acordo, não há nada de preocupante em relação ao desenvolvimento sustentável. No texto de princípios, descrito em 17 capítulos, o 14º é dedicado ao desenvolvimento sustentável. “O capítulo é muito bom, pois trata de procedimentos específicos para a solução de controvérsias. Uma espécie de tribunal especial”, avalia o professor José Eli da Veiga. Para mais detalhes, o colunista recomenda aos interessados a leitura do texto Os mandamentos do comércio e desenvolvimento sustentável, que está publicado em sua coluna na revista Página 22.
Eli da Veiga lembra que o atual documento ainda precisa ser transcrito e que não há a assinatura oficial. “Depois disso haverá um processo de ratificações pelos parlamentos nacionais”, adverte. Segundo o colunista, uma forma de se “prever” o futuro é analisar outros 54 acordos da União Europeia, alguns em vigor e outros provisórios. “O acordo feito com o Canadá, no sentido dos possíveis conflitos, é bem semelhante a este”, cita o colunista, lembrando que nos parlamentos europeus ainda não está claro se ele será ou não ratificado. “Os partidos de esquerda, em geral, são contrários ao acordo e dificilmente aprovarão. Já a direita está se distanciando do livre comércio, com alguns parlamentares ligados a sindicatos agrícolas hegemonizados por pecuaristas de corte.”
Ouça no link acima a íntegra da coluna Sustentáculos.
Sustentáculos
A coluna Sustentáculos, com o professor José Eli da Veiga, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção na Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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