Cidade e desafios: projeção e percepção do tempo-espaço e soluções digitais

Por Christiane Wagner, professora e pesquisadora do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP

 16/11/2020 - Publicado há 4 anos
Christiane Wagner – Foto: Acervo pessoal
A vida urbana em sua complexidade é essencialmente parte de muitas cidades, onde as pessoas convivem, constroem e reconstroem suas histórias, seus valores morais, éticos, econômicos, culturais, sociais e políticos. Muitas cidades representam o espaço e o tempo dessa vida urbana em constante transformação. Mas, para pensar sobre tempo e espaço na cidade, não precisamos filosofar e nos aprofundar nas reflexões metafísicas. Para pensar sobre tempo e espaço em contexto de realizações práticas na cidade, o que interessa é a percepção do espaço urbano e do ritmo da vida contemporânea em relação com o passado e o futuro. Sendo assim, o que mais importa são os fatos vinculados ao crescimento das cidades e projetos que possam atender às necessidades sociais, solucionando problemas, entre eles, os de habitação, transporte, superpopulação, sinalização e comunicação. No entanto, há de se considerar que as primeiras soluções aparecem, naturalmente, em decorrência do surgimento dos problemas em seus diversos níveis, que são resultados do desenvolvimento industrial e econômico a partir da segunda metade do século XX nos grandes centros urbanos. Este é o fator empírico principal da relação tempo e espaço no processo de transformação urbana e nos desafios para melhor qualidade de vida em muitas cidades.

Contudo, considerando que o crescimento da cidade é um fenômeno desde o surgimento da civilização, é apenas a partir da Revolução Industrial, com o desenvolvimento dos centros industriais, que muitas cidades passaram a ter crescimento e desenvolvimento urbano centrado na vida comercial. O tempo, portanto, está mais relacionado à capacidade de direcionar o desenvolvimento da técnica para solução de projetos que possam ser resolvidos de acordo com o crescimento dos centros urbanos. É a relação do espaço com a transformação da cidade. Este é o grande desafio. À medida que o tempo passa, o processo de mudança na forma da cidade implica medidas de controle tanto do crescimento populacional como da descentralização dos centros metropolitanos. Nesse sentido, as soluções encontradas por algumas cidades seguiram ideias ainda da Idade Média, mas sob uma nova forma adequada à contemporaneidade, seguindo o modelo das cidades muradas medievais. Um exemplo disso é a cidade de Brasília com o centro governamental – a Praça dos Três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) –, com seu planejamento urbano, o plano piloto em forma de avião, desenvolvido por Lúcio Costa, e projetada por Oscar Niemeyer, inaugurada em 21 de abril de 1960 durante a presidência de Juscelino Kubitschek. Mas Brasília foi projetada e só depois passou a ser habitada.

A transformação da cidade, todavia, está mais caracterizada com relação ao tempo e ao desenvolvimento da sociedade. Ideias aliadas somente ao espaço não correspondem muito aos resultados esperados para uma cidade em constante crescimento, transformação e evolução. Este é o caso da cidade de São Paulo, como bem sabemos.

Sigfried Giedion apresentou, em seu estudo publicado no livro Espaço, Tempo e Arquitetura – o desenvolvimento de uma nova tradição, com última atualização em 1982, as cidades em constante mudança, que podemos ter como referência para a cidade de São Paulo. A partir dessa obra, podemos compreender as ideias exemplares para resolver problemas de organização de uma cidade, até mesmo aquelas mais ousadas e sem sentido, que visavam à destruição da cidade para reconstruir uma nova, como desejava Frank Lloyd Wright. Mas, que loucura! Toda a história estaria também destruída. A destruição de cidades só aconteceria mediante guerras ou catástrofes naturais. Além disso, o legado dessas cidades destruídas permaneceria pela reconstrução quando possível, ou pela imagem e do que restaria para a referência histórica. Uma história trágica de catástrofe natural foi a que ocorreu na cidade de Lisboa, em novembro de 1755, quando um terremoto terrível ocasionou um enorme incêndio durante dias! Lisboa ficou em ruínas e foi pela própria força de vontade dos poucos sobreviventes que a cidade pôde ser reconstruída, mantendo todos os valores de seu povo em seus monumentos e arquitetura. Obras monumentais são consideradas patrimônio histórico da humanidade; até mesmo quando destruídas pelas guerras, são reconstruídas fielmente segundo o original, como aconteceu em Berlim e Dresden, entre outras cidades na Alemanha, depois da destruição total dessas cidades durante a Segunda Guerra Mundial.

A cidade de Varsóvia, na Polônia, é outro exemplo de destruição, bombardeada em 1939 durante a Segunda Guerra Mundial e reconstruída durante os anos de 1950 e 1970 pelo antigo regime soviético. A Varsóvia Antiga, devastada quase totalmente, foi reconstruída e restituída em todas as suas características e foi reconhecida e classificada pela Unesco como Patrimônio Mundial. Mais recentemente, nos anos de 2004, foi concluída a reconstrução da cidade Mostar, situada na região da Herzegovina, depois da destruição causada pela Guerra da Bósnia entre os anos de 1992 e 1995. O maior destaque desta destruição-reconstrução é a ponte velha, chamada Kriva Cuprija, construída em 1558, tornando-se Patrimônio Mundial, assim classificada pela Unesco, em 2005.

Em nosso caso, na cidade de São Paulo, não passamos por nenhuma dessas destruições catastróficas, mas não podemos deixar de cultivar a nossa história e tradição que dependem muito de políticas de preservação e, principalmente, de boa vontade e de educação. O nosso exemplo atual é o projeto de restauração do Museu do Ipiranga, patrocinado pela Lei de Incentivo à Cultura por diversas empresas, sob administração do governo do Estado de São Paulo e da Universidade de São Paulo, com expectativa de reabertura no ano de 2022. Para mais informações, consulte a cronologia detalhada Restauro e Modernização do Edifício-Monumento do Museu do Ipiranga. Algumas catástrofes por falta de manutenção e descuido já aconteceram, como recentemente no Rio de Janeiro com o incêndio que destruiu o Museu Nacional e, mesmo em São Paulo, com o Memorial da América Latina, Museu da Língua Portuguesa e Teatro Cultura Artística.

Segundo Sigfried Giedion, a concepção do espaço não se dá de forma independente e autônoma, mas pela organização das formas no espaço. Além disso, as culturas são presenças, influências e patrimônio da humanidade. Esse patrimônio pode tanto ser universal como restrito a uma pequena comunidade. Ao mesmo tempo, uma variação da cultura pode ser considerada na dinâmica de uma metrópole global que mantém parte do seu patrimônio em suas fronteiras e outra, universal. As complexidades do desenvolvimento possibilitam a integração dos indivíduos em sua diversidade cultural, mas correlativa quando se trata de imigração.

Essa dinâmica, pela qual o indivíduo adquire uma presença como cidadão, opera sob a influência das realizações, transmitindo tradição, educação, conhecimentos, história, arte e costumes. Entretanto, a diversidade das culturas, seja entre as nações, seja entre diferentes nacionalidades concentradas em uma mesma nação, tem em seu processo de aculturação um desenvolvimento intelectual, espiritual e estético.

Este é o caso da cidade de São Paulo que representa para o mundo a imagem de uma das metrópoles globais, além de ser vista como potência econômica. São Paulo tem sua presença não como Nova York, Londres, Paris, nem mesmo como a de Berlim. Longe e, ao mesmo tempo, perto. Longe na distância geográfica, mas perto quando o tempo possibilita a todos o acesso ao conhecimento e à informação, pelas tecnologias de comunicação e informação em seu modelo digital. Contudo, São Paulo ainda se encontra diante de uma desigualdade social em muitos aspectos, atingindo principalmente a educação, da qual a maioria da sociedade brasileira carece. Portanto, uma minoria privilegiada é que tem meios para se interessar pelo conhecimento e poder se desenvolver. Entretanto, vale a pena lembrar que a presença e a influência de uma metrópole brasileira e global como a cidade de São Paulo não podem mesmo ser comparadas com as das metrópoles europeias. Diferentemente, a história de São Paulo começou como colônia europeia, de Portugal, e foi explorada durante nada menos que três séculos.

O habitat da população e o contexto digital

As formas, no espaço urbano, são realizações e expressões na história da arte e da arquitetura já desde muito observadas e estudadas. Porém, o crescimento econômico e a industrialização são fatores incisivos nas articulações das expansões urbanas, no que consistem o crescimento das cidades e a urbanização. A industrialização tem como principal fator, em sua evolução, a modernização de seus equipamentos. No caso das indústrias de base, o foco está na energia e na siderurgia. Consequentemente, políticas de mercado e de grande investimento focam nos projetos para novas fontes de energia buscando substituir o petróleo ou a energia nuclear. Além das relações com o espaço, infraestrutura pública e todos os objetos significativos e de utilidade produzidos para atender as necessidades cotidianas e urbanas.

A utopia de muitos urbanistas, arquitetos e designers de que seus conceitos mudariam os modos de vida é encontrada em diversos projetos criativos. Porém, a realidade consiste no fato plausível de que a urbanização não cria modos de vida, mas oferece apoio para possibilidades de alguns modelos que satisfazem às expectativas da vida pública. Os projetos de urbanização, arquitetura e design que respondem à realidade social se concentram nos problemas gerados por ela. Entre os mais importantes no momento estão os projetos e o emprego de novas formas de energia como um novo caminho da sociedade. A vida em sociedade e a diversidade cultural se fazem notar desde grandes conferências mundiais, com objetivos de conduzir o mundo a outro caminho, configurando o ritmo urbano com elementos que caracterizam essa complexa realidade de consumo, considerando a poluição, o aquecimento global e todas as ameaças à espécie humana, vista como a maior causa pelo seu consumo e desperdício.

“Em 1992, chefes de Estado e de Governo do mundo inteiro, reunidos no Rio de Janeiro, aprovaram por ‘consenso’ um conjunto de princípios que objetivava lançar novas bases para a produção e distribuição das riquezas geradas pelo trabalho humano, que contemplassem a utilização adequada dos recursos oferecidos pelo planeta e assegurassem a todos o direito de viver com dignidade, tanto no presente como no futuro. O documento, conhecido como Agenda 21, apontou caminhos e definiu as responsabilidades de cada agente social na busca do desenvolvimento sustentável, ao longo de seus 40 capítulos. Um deles, em particular, tratou diretamente do papel da indústria nesse processo. Parte do reconhecimento de sua importância decisiva na promoção do desenvolvimento econômico e social de cada país. Dez anos depois, uma nova Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, em Johanesburgo, teve a oportunidade de avaliar o quanto se avançou no período. Para a indústria brasileira, foi o momento de refletir sobre sua atuação na busca da sustentabilidade socioeconômica e ambiental, bem como no combate à pobreza e às desigualdades que fragilizam a sociedade” (Indústria Sustentável no Brasil – Agenda 21: Cenários e Perspectivas, 2002).

A discussão em pauta, em respostas às supostas ameaças ecológicas, tomou conta do cenário mundial desde os anos de 1980, passando por diversas conferências no Canadá e na Suécia sobre as mudanças climáticas até as principais, acima comentadas, na representação internacional de um compromisso com a responsabilidade global, de cada país, com a redução de poluentes, ou seja, de gases que produzem os efeitos-estufa. Essas discussões foram negociadas apenas em 1997 no Japão, em Quioto. Neste mesmo ano e local, em 11 de dezembro, foi constituído um documento, a abertura do Protocolo de Quioto, para ser assinado pelos países que concordam com o tratado internacional de compromissos para redução de emissão dos gases de efeito estufa, comprovado cientificamente.

A elaboração do Protocolo de Quioto ocorreu durante a Conferência das Partes III, órgão supremo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, da qual participaram representantes de 141 nações. O protocolo foi ratificado em 15 de março de 1999 por 55 países que representam cerca de 55% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, entrando em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005, após a ratificação da Rússia, o que implicou uma reforma nas atividades econômicas envolvendo uma dinâmica de cooperação internacional. Mas, sem nos aprofundarmos nas implicações políticas nesta relação internacional, podemos acompanhar os efeitos dos poluentes, esgotamento de energia, desperdício e todas as consequências de uma degradação da vida urbana.

Recentemente, também o Acordo de Paris objetivou reduzir o aquecimento global. “O acordo foi negociado durante a COP21 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015), em Paris, e foi aprovado em 12 de dezembro de 2015. O Acordo de Paris entrou em vigor oficialmente no dia 4 de novembro de 2016. Suas medidas e metas passaram a valer para todos os 195 países signatários do acordo a partir de 2020” (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável).

No entanto, as questões da vida urbana e suas novas diretrizes se concentram nos problemas de superpopulação, costumes, transportes e habitação. Aspectos importantes ao longo do desenvolvimento já foram muito discutidos e fazem parte das narrativas do cotidiano urbano e das utopias que configuram o futuro incerto. Contudo, vale a pena lembrar que utopia é essencial, pois trata-se da ideia de uma crítica sobre a realidade, e nela está imbuída a imaginação de um ideal. Portanto, utopia não é simplesmente uma palavra que evoca uma espécie de ficção social ou um tipo de ilusão. A ideia de utopia surge de uma crítica às condições sociais.

Incorporada ao princípio da utopia se encontra a intencionalidade crítica. Como bem demonstrado por Erika Naginski, da Harvard University Graduate School of Design, sobre o que Claude-Nicolas fez ao projetar o que ele imaginou, uma utopia que ele chamou de Cidade Ideal de Chaux e, também, o romance A Ilha da Utopia (1516), de Sir Thomas More, publicado em latim. A Ilha da Utopia de Thomas More foi reeditada em 1518 e traduzida para outros idiomas. O que é essencial sobre esta obra ainda em nossos dias é a estrutura binária. A primeira parte se desenvolve sobre uma crítica à sociedade contemporânea daquela época na Inglaterra, da realeza como modelo para o Estado e como princípio político. A segunda parte é sobre um viajante que descreve a Ilha da Utopia. Nesta estrutura binária se desenvolve a ideia de uma crítica à realidade como utopia. Este termo “utopia” é usado pela primeira vez nesse romance e, etimologicamente, tem dois significados. Ele deriva do grego e pode significar tanto “lugar nenhum” como “lugar feliz”, ressaltado assim por Naginski, arquiteta de Harvard, que a utopia não é necessariamente algo irrealizável, mas que estabelece condições de possibilidade, sejam elas arquitetônicas, urbanas, no design ou em termos de políticas econômica e social.

Portanto, para o sentido observado aqui, da configuração da imagem urbana na contemporaneidade, designando o tempo e a sua relação com o espaço, podemos pensar em todas essas utopias para o futuro das cidades, ou seja, de forma crítica e sobre o sentido da evolução e percepção do indivíduo em relação às novas intervenções relacionadas com tecnologias de comunicação, em sincronia com o ritmo urbano, que possibilitam novas dimensões de espaços e relações para um futuro com base na indústria sustentável e no comércio justo.

Veja-se, por exemplo, que a necessidade imediata dos recursos das tecnologias de comunicação e informação digitais, para as soluções em eventos e ensino a distância, somando-se às outras atividades remotas relacionadas ao trabalho e vida cotidiana, deixou de ser apenas uma ideia. Na prática, percebemos essa necessidade como solução para reduzir a disseminação da covid-19 e, consequentemente, constatamos também a redução significativa de emissões dos gases de efeito estufa. Esses são os primeiros sinais de que todos dependem muito da evolução e acesso às novas tecnologias. Não seria a mobilidade, mas a atividade remota. Contudo, trata-se de novos hábitos em consequência de outras condições da vida em sociedade. Como já diz o jargão do momento: “o novo normal”.

Mas ainda são necessários muita vontade política e investimentos para viabilizar o acesso à internet para todos. A inclusão digital pode vir, assim, depois da saúde, educação e qualidade de vida, no decorrer do tempo, a se tornar, também, uma necessidade básica. São os casos por exemplo da geladeira, do fogão a gás, entre outras conquistas da Revolução Industrial e, em nossos tempos, com a Revolução da Informação, que é caso da tecnologia digital.

No entanto, sempre me questiono se o design é uma atividade que pode transformar o indivíduo e a sociedade. Por mais que eu tenha em minha formação a base fundamental dessa prática, tendo em vista o objetivo de solucionar problemas, sempre entendo que a complexidade de uma transformação depende de muitos fatores. Trata-se de um processo de erros e acertos, em dimensão coletiva, ao longo de toda a história. Mas mesmo assim, tive a oportunidade durante minhas pesquisas na Alemanha, na ocasião do centenário da Bauhaus, de entrevistar o reconhecido professor e designer Bernhard Bürdek, autor do clássico livro Design – história, teoria e prática do design de produtos, publicado no Brasil pela editora Blücher (2010). Curiosa, entre outras perguntas significativas para os desafios do design apresentadas a ele, desejei saber de Bürdek se de fato o design é uma atividade que pode transformar o indivíduo e a sociedade. Segundo sua resposta, não há estudos que possam responder a essa pergunta. Mas olhando para os mercados globais atualmente, eles são dominados pelo design asiático, e isso transforma valores individuais e os padrões culturais da sociedade ocidental. E ainda acrescentou que o cientista social alemão Andreas Reckwitz fez uma análise das sociedades ocidentais sobre a mudança de valores em todas as categorias e constatou esta evidência. Além disso, Sandra Groll, uma se suas doutorandas na Offenbach Design School, concluiu sua tese sobre os “valores da vida” (Lebenswelten), com um sentido totalmente diferente do que se entende por “estilo de vida”, constatando sérias mudanças na sociedade, influenciando o desenvolvimento industrial e o design. Além disso, Bürdek esclareceu que não há caminho de volta aos anos 1970 e 1980 e novos movimentos políticos, tecnológicos e sociais, como os das mídias digitais, estão mudando a sociedade. Disse que há muito estresse na sociedade, nada é estável e os movimentos oscilam. Enfim, finalizei com outra questão: que papel o design está desempenhando hoje? “Esta é uma pergunta aberta e virulenta”, concluiu Bürdek, na ocasião, em junho de 2019.

 


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