O professor Guilherme Wisnik se propõe, em sua coluna semanal, a refletir sobre alguns aspectos da vida digital, como, por exemplo, o WhatsApp, cuja popularidade, hoje, é inegável em todos os segmentos sociais e em todas as faixas etárias. Esse aplicativo parece ser – e estar – onipresente em nossas vidas cotidianas, mas também pode se transformar num inferno, justamente por ocupar demasiadamente um tempo que poderia ser empregado para atividades mais produtivas, ou até mesmo para o descanso e para a reflexão.
Wisnik entende que as mídias sociais, com suas mensagens diretas, às vezes cruas, de um modo geral “esfriam” as relações humanas, ao contemplarem um tipo de relação filtrada, que nem sempre admite contra-argumentos ou refutações, como ocorre num diálogo entre duas pessoas no mundo real e não virtual. As mídias sociais tendem a ser invasivas e, como tal, ensejam uma única reação: deixar o interlocutor virtual sem resposta.