Diretoria toma posse enfatizando a responsabilidade de zelar pelo patrimônio do MAE

No dia 25 de novembro, foi realizada a cerimônia de posse da diretora do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), Maria Cristina Oliveira Bruno, e do vice-diretor, Paulo DeBlasis, na Sala do Conselho Universitário.

 27/11/2015 - Publicado há 8 anos
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A nova diretora apresentou os aspectos fundamentais de sua gestão e reforçou a responsabilidade do Museu de zelar pelo patrimônio cultural sob sua custódia

No dia 25 de novembro, foi realizada a cerimônia de posse da diretora do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), Maria Cristina Oliveira Bruno, e do vice-diretor, Paulo DeBlasis, na Sala do Conselho Universitário.

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A diretora do MAE Maria Cristina Oliveira Bruno, o reitor Marco Antonio Zago (centro) e o vice-diretor Paulo DeBlasis

A cerimônia foi prestigiada por dirigentes, professores e funcionários da Universidade e por representantes de instituições culturais de São Paulo.

Em seu discurso, Maria Cristina afirmou que “para a elaboração do nosso plano de gestão, partimos de duas premissas: por um lado, dar continuidade aos planos já em desenvolvimento na instituição, a partir de gestões anteriores, procurando cada vez mais consolidar as nossas ações universitárias; e, por outro lado, realizar atividades modernas compartilhadas com vistas à análise, sob nossas expectativas e sobre os desafios e sonhos institucionais”.

A diretora também reforçou que sua gestão privilegia quatro vetores fundamentais: o ensino da Graduação e Pós-Graduação, incentivando os laboratórios temáticos de pesquisa, a produção editorial, a multiplicação de projetos educativos e a valorização da biblioteca do MAE; as iniciativas curatoriais e a divulgação dos acervos institucionais; a implementação dos projetos relativos à nova sede do MAE; e a qualificação profissional dos recursos humanos.

“A constante busca por superação colabora para que seus profissionais e estudantes não se acomodem e tenham a sensação cotidiana de que ainda há muito por fazer, especialmente no que se refere à enorme e intransferível tarefa de salvaguarda do patrimônio cultural que está sob nossa responsabilidade e, em especial, por dar um sentido público, contemporâneo, aos acervos e formar novas gerações, mais preparadas para o enfrentamento dos dilemas da diversidade cultural e do respeito às diferenças”, explicou Maria Cristina.

O reitor Marco Antonio Zago lembrou que, “diferentemente da maioria dos museus universitários do mundo – que trata apenas da contribuição de uma universidade para uma área de conhecimento –, os museus da USP são acervos acumulados ao longo do tempo, seja por doações, aquisições, seja pelo esforço dos pesquisadores da Universidade. Esses grandes acervos se converteram em propriedade da população e agora somos seus guardiões”.

Zago também reforçou que, neste momento em que há restrições orçamentárias na Universidade, é necessário que os museus da USP se esforcem para proteger os acervos e garantir que suas atividades-fim sejam realizadas. “É claro que, para realizar plenamente suas missões, os museus precisam de estrutura de qualidade e de pessoal, mas esse não é o momento de termos sonhos inatingíveis. Os museus são importantes instrumentos de ensino e é preciso incentivar a utilização de seu acervo para a pesquisa, que deve ser a mais aberta possível, convidar pesquisadores do país e do exterior para visitarem nossos museus e explorarem esse capital do povo paulista do qual somos guardiões. O enorme acervo e a capacidade formativa não só do MAE, mas de todos os museus da Universidade, precisam ser colocados à disposição de todos”, concluiu o dirigente.

O MAE foi criado em 1989, com a incorporação do acervo do Instituto de Pré-História, das coleções de arqueologia e etnologia do Museu Paulista e do acervo do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Atualmente, seu acervo possui aproximadamente 1,5 milhão de itens e é composto por coleções de Arqueologia do Mediterrâneo e Médio-Oriente; Arqueologia Americana, com ênfase na Pré-História Brasileira; Etnologia Brasileira e Etnologia Africana.

(Foto: Ernani Coimbra)


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