Na segunda-feira, dia 27 de abril, o reitor Marco Antonio Zago participou da abertura da conferência “Brazil: surfing global trends”, organizada pelo Instituto de Relações Internacionais (IRI), em parceria com o Global Governance 10 (GG10)
Realizado entre os dias 27 e 28 de abril, o evento reuniu especialistas em diversas áreas para uma análise do impacto que a ascensão de um mundo policêntrico e interconectado pode ter sobre o multilateralismo e os direitos dos cidadãos. Foram analisadas questões relacionadas à tensão entre o multilateralismo e a fragmentação no domínio dos direitos humanos, do comércio internacional, da segurança e do meio ambiente.
Em seu discurso, o reitor elogiou os organizadores do evento e ressaltou que “esta conferência, além de primordialmente fazer parte da missão de ensino e pesquisa da USP, também deve ser incluída no conceito da terceira missão da Universidade, pois contribui para entender o mundo, para formular novas políticas e elaborar teorias”.
“Quando falamos em tendências globais, não estamos tentando prever o futuro. O que estamos tentando fazer é identificar tendências atuais, que irão moldar o futuro, pois consideramos que podemos atuar nessas tendências a fim de construir um futuro melhor para nossos cidadãos”, explicou o professor visitante internacional do IRI e atual coordenador do GG10, Álvaro de Vasconcelos.
Abrindo a conferência, o ministro da Educação e professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Renato Janine Ribeiro, apresentou a palestra “Democracy: advances or setbacks?”. Depois, os pesquisadores Mathew Burrows e Álvaro de Vasconcelos e o diretor do IRI, Pedro Bohomoletz de Abreu Dallari, participaram da mesa-redonda “The Polycentric World: Between Multilateralism and Fragmentation”, coordenada pelo professor emérito do IRI e diretor da Fapesp, Celso Lafer.
A segunda discussão do dia, “Indicators for the Future I: Polycentrism, International Trade and Development”, foi coordenada pelo vice-diretor do IRI, Amâncio Nunes de Oliveira, e contou com a participação da professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Vera Thorstensen, e do secretário-executivo da Comissão Econômica das Nações Unidas para África, Carlos Lopes. Na última sessão do dia, a diretora do Centro de Estudos Árabes da USP, Arlene Clemesha, coordenou a mesa-redonda “Indicators for the Future II: Polycentrism and International Security”, com a participação dos pesquisadores Bassma Kodmani e Atila Eralp.
Abrindo os trabalhos do segundo dia, o ex-reitor e professor do Instituto de Energia e Ambiente (IEE), José Goldemberg, coordenou a discussão “Indicators for the Future III: Polycentrism and Climate Change”, com a participação do professor da Faculdade de Economia e Administração (FEA) e também ex-reitor, Jacques Marcovitch, e do pesquisador Gerald Stang. Ainda no período da manhã, os pesquisadores Raffaele Marchetti e Flavia Piovesan participaram da discussão “Indicators for the Future IV: Participation Requirements for Governance Challenges”, coordenada pela professora do IRI, Maria Hermínia Tavares de Almeida.
À tarde, o coordenador do Grupo de Análise da Conjuntura Internacional (Gacint), Ricardo Sennes, comandou a mesa-redonda “Indicators for the Future V: Diffusion of power and citizens security”, com os pesquisadores Luis Peral e Leandro Piquet e com o promotor público do Estado de São Paulo, Fábio Bechara. Fechando as atividades da conferência, a sessão “New Players for New Global Governance: New Forms of Multilateralism” reuniu os pesquisadores Feliciano Guimarães e Qian Liwei e o diplomata Gelson da Fonseca, sob a coordenação do embaixador Clodoaldo Hugueney.
(Foto: Ernani Coimbra)