Programa do CNPq produziu conhecimentos importantes em diversas áreas, afirma Mayana Zatz

Coordenadora do INCT “Envelhecimento e Doenças Genéticas: Genômica e Metagenômica” diz que, agora, a luta é para que o programa do Governo Federal tenha continuidade

 07/03/2024 - Publicado há 9 meses
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No dia 26 de fevereiro, a professora Mayana Zatz, diretora do Centro de Estudos sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP,  participou de uma reunião com os coordenadores de todos os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs). A pauta eram os desafios do programa, instituído em 2008, na gestão do ministro Sergio Rezende.

Os INCTs foram inspirados nos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da Fapesp, cujo objetivo era desenvolver pesquisas a longo prazo e contribuir para o desenvolvimento tecnológico e divulgação, além de incentivar as pesquisas em rede, envolvendo cientistas de diferentes estados brasileiros e do exterior. “Não é preciso repetir que tem sido uma iniciativa excelente, que já produziu muito conhecimento em várias áreas estratégicas como saúde, biotecnologia, mudanças climáticas, entre muitas outras”, comemora Mayana. “A luta agora é para que esse programa tenha continuidade, pois a previsão é que os primeiros INCTs terminem no final de 2024”.

Sobre os desafios, Mayana, que coordena o INCT Envelhecimento e Doenças Genéticas: Genômica e Metagenômica, diz que é preciso investir mais em pesquisas e criar programas para reter os jovens talentos no País. “Estamos vivenciando uma enorme fuga de cérebros. Nesse sentido, além de um salário atraente, os jovens doutores precisam ter incentivos para desenvolver projetos com mais segurança, e que isso seja contabilizado como anos de trabalho para a aposentadoria.”

Mayana reitera, ainda, que é necessário haver uma redução significativa na burocracia, principalmente na importação de reagentes para pesquisas. “Não entendo porque os pesquisadores de universidades ou institutos de pesquisas não podem importar insumos para pesquisas como se importam livros, diretamente, sem intermediários. Poderíamos  fazer muito mais com os mesmos recursos.”

A geneticista foi convidada a fazer uma breve exposição numa mesa redonda, abordando um assunto que, segundo ela, interessa a todos: o envelhecimento da população.


Decodificando o DNA
A coluna Decodificando o DNA, com a professora Mayana Zatz, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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