Martin Grossmann trata da posse das novas titulares da Cátedra Olavo Setúbal de Arte, Cultura e Ciência, que completa 10 anos de vida, da qual é coordenador acadêmico. Ele destaca a importância das cátedras como indutores de inovação, renovação, atualização e até invenção em relação à universidade, operando como plataformas de vanguarda e dispositivos de crítica institucional, “uma vez que promovem a presença, entre nós, de agentes externos à sua estrutura”.
O ponto alto da solenidade foi a posse de um triunvirato de “jovens líderes indígenas, mulheres que têm em comum experiências diversas e singulares na educação indígena e um processo de formação acadêmica que chega ao doutorado. São elas a artista e curadora Arissana Pataxó, a antropóloga e cineasta Francy Baniwa e a educadora, curadora e gestora cultural Sandra Benites”, relata Grossmann, que explica como a presença, na Cátedra, dessas três líderes indígenas mulheres pode contribuir para a transformação da Universidade.
“A USP recentemente instituiu uma nova Pró-Reitoria, dedicada a processos de transformação institucional relacionados principalmente às políticas afirmativas, que vêm de fato alterando positivamente a dinâmica interna da universidade e seus modos de convívio e representação. A Cátedra vem contribuindo para esse processo […] e agora temos essa trinca que delineou um projeto nomeado de Caminho da Cutia: Territórios e Saberes das Mulheres Indígenas, que tratará dos conhecimentos e atividades das mulheres indígenas a partir de experiências em diversas áreas, como também de suas atuações na política, na academia, nas artes e em outros campos.
Na Cultura, o Centro está em Toda Parte
A coluna Na Cultura o Centro está em Toda Parte, com o professor Martin Grossmann, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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