Bancos e redes de comunicação parecem áreas bastante diferentes. Os bancos emitem crédito, as empresas de comunicação, especialmente as TVs, são emissoras de opinião e de informação. Nos dois casos, o poder de controlar essas emissões depende de concessões públicas. O mercado de crédito e a credibilidade pública precisam de um marco regulatório que garanta, em primeiro lugar, que quem manipula dinheiro e crédito não emita títulos que não valem nada, especulando sem fundamentos na realidade.
A mesma lógica vale para as emissoras de televisão, elas não emitem crédito ou dinheiro, mas as emissões e a radiodifusão também muitas vezes emitem informação que não tem fundamento na realidade, é especulativa ou tem um viés político e ideológico implícito. No Brasil, as concessões públicas tanto na área de crédito e finanças quanto na área de comunicação já apresentaram (e continuam apresentando) problemas de ordem ética e política.
O crédito no banco e o ânimo de empresários e consumidores também refletem o que é divulgado pelos sistemas de informação e comunicação, que afetam o humor da população e até mesmo as condições de emprego, renda e investimento.. Mais do que nunca, é urgente o governo agir.