Bancos e redes de comunicação desafiam a regulação

Professor Gilson Schwartz comenta os riscos para a esfera pública

 31/07/2023 - Publicado há 1 ano

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Bancos e redes de comunicação parecem áreas bastante diferentes. Os bancos emitem crédito, as empresas de comunicação, especialmente as TVs, são emissoras de opinião e de informação. Nos dois casos, o poder de controlar essas emissões depende de concessões públicas. O mercado de crédito e a credibilidade pública precisam de um marco regulatório que garanta, em primeiro lugar, que quem manipula dinheiro e crédito não emita títulos que não valem nada, especulando sem fundamentos na realidade.
A mesma lógica vale para as emissoras de televisão, elas não emitem crédito ou dinheiro, mas as emissões e a radiodifusão também muitas vezes emitem informação que não tem fundamento na realidade, é especulativa ou tem um viés político e ideológico implícito. No Brasil, as concessões públicas tanto na área de crédito e finanças quanto na área de comunicação já apresentaram (e continuam apresentando) problemas de ordem ética e política.

O crédito no banco e o ânimo de empresários e consumidores também refletem o que é divulgado pelos sistemas de informação e comunicação, que afetam o humor da população e até mesmo as condições de emprego, renda e investimento.. Mais do que nunca, é urgente o governo agir.


Iconomia 
A coluna Iconomia, com o professor Gilson Schwartz, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.


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