A dengue e a chikungunya são duas doenças típicas do verão e períodos chuvosos e se alastram no calor, causando um grande temor na população. A dengue matou pelo menos 1.016 pessoas no Brasil em 2022, mais que o dobro do registrado até junho e o quádruplo na comparação ao ano anterior. É como se a doença fizesse quase três vítimas diariamente no País, mostram dados do último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.
O epidemiologista Expedito Luna, professor do Departamento de Doenças Infecciosas da Faculdade de Medicina da USP, explica que a transmissão dessas duas doenças ocorre pelo acumulo de água parada, justamente das chuvas de verão.
O controle do mosquito Aedes aegypti é feito eliminando a água parada da chuva que se acumula neste período do ano. As fêmeas depositam os ovos nesses locais.
Mesmo existindo um programa de controle nacional centrado na eliminação dos criadouros, que normalmente é feito pelas Secretarias municipais de saúde de todas as cidades brasileiras, a responsabilidade maior é de cada pessoa individualmente.
Nesses programas, os agentes públicos fazem o controle de áreas pertencentes à municipalidade, como parques, cemitérios, jardins, entre outras.
Apesar de ser uma doença aguda, a dengue tem curta duração, cerca de uma semana, a exceção fica para os casos mais graves. Entre os sintomas, no caso dessa doença, há muita dor muscular, já na chikungunya a dor atinge as articulações. A dengue, no entanto, costuma ser mais grave e, se não tratada a tempo, pode levar a óbito.
Existem quatro tipos de dengue e, dependendo do sorotipo, há maior ou menor risco. Normalmente, crianças e idosos são os casos da moléstia que apresentam mais complicações. Além disso, a segunda infecção pela doença também é preocupante, porque pode vir na forma hemorrágica. Portanto, sempre vale reforçar que, em caso de suspeita, o indivíduo procure imediatamente um serviço de emergência em saúde.
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