Professores discutem proposta de novas regras de avaliação

Nos dias 6 e 7 de junho, os professores da USP tiveram a oportunidade de discutir, nos campi de São Paulo e de Ribeirão Preto, a proposta de criação da nova Comissão Permanente de Avaliação (CPA), especificamente nos aspectos voltados a novas regras de avaliação. Os debates contaram com cerca de 450 participantes.

 08/06/2016 - Publicado há 8 anos
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Em São Paulo, o encontro foi promovido pelos representantes das categorias docentes no Conselho Universitário

Nos dias 6 e 7 de junho, os professores da USP tiveram a oportunidade de discutir, nos campi de São Paulo e de Ribeirão Preto, a proposta de criação da nova Comissão Permanente de Avaliação (CPA), especificamente nos aspectos voltados a novas regras de avaliação. Os debates contaram com cerca de 450 participantes.

Em São Paulo, o encontro foi promovido pelos representantes das categorias docentes no Conselho Universitário – Simone Rocha de Vasconcellos Hage e Marcílio Alves (associados); José Renato de Campos Araújo e Marcello Modesto dos Santos (doutores); Oswaldo Baffa Filho e Amâncio Jorge Silva Nunes de Oliveira (titulares). Em Ribeirão Preto, o evento teve a promoção do Conselho Gestor do Campus, presidido pela diretora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP), Maria Vitória Lopes Badra Bentley. Ambos contaram com o apoio da Reitoria para sua realização.

A base das discussões foram os documentos encaminhados para a manifestação das Unidades de Ensino e Pesquisa, Institutos e Museus referentes às minutas do Regimento da nova CPA e do Estatuto Docente, além das Alterações no Estatuto e no Regimento Geral no que se relaciona à avaliação docente e institucional (a íntegra dos documentos e as manifestações das Unidades estão disponíveis no site da Reitoria).

O objetivo é que a proposta seja aperfeiçoada a partir dessas contribuições antes de ser encaminhada ao Conselho Universitário, onde deverá ser apreciada, provavelmente a partir do segundo semestre deste ano.

Em linhas gerais, a nova CPA terá duas câmaras específicas – Câmara de Avaliação Institucional e de Gestão e Câmara de Atividades Docentes – e deverá dedicar-se à articulação dos processos de avaliação dos órgãos da USP e à aprovação das diretrizes e do calendário de avaliação.

A Câmara de Avaliação Institucional e de Gestão terá como atribuição a avaliação dos Departamentos e Unidades.

A Câmara de Atividades Docentes, por sua vez, abarcará os trabalhos hoje realizados pela Comissão Especial de Regimes de Trabalho (Cert) e será responsável pela avaliação individual dos professores. Essa avaliação será integrada em um panorama mais amplo, que levará em conta os projetos acadêmicos tanto da Unidade quanto do Departamento, permitindo eixos de atuação segundo as qualidades e preferências do docente: pesquisa, ensino ou extensão.

“Esse programa contribuirá para a melhoria da Universidade e de suas relações internas”, afirmou o vice-reitor Vahan Agopyan, na abertura do evento, em São Paulo. Agopyan ressaltou que a proposta prevê o acompanhamento do docente a partir de um projeto acadêmico, e não somente de pesquisa. Além disso, a participação do Conselho Universitário será ampliada no que tange à definição de parâmetros e indicadores.

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Em Ribeirão Preto, o evento teve a promoção do Conselho Gestor do Campus

A superintendente jurídica da Universidade, Maria Paula Dallari Bucci, que participou das discussões em São Paulo e em Ribeirão Preto, considerou que a comunidade universitária “está abraçando esse debate”, tendo em vista o grande número de contribuições recebidas. Maria Paula compõe o grupo de trabalho, formado pela Reitoria, que discute novos mecanismos institucionais e procedimentais de avaliação dos docentes. “Críticas mais duras não nos impedem de analisar os fundamentos dessas manifestações para perceber se algum ponto precisa ser alterado ou esclarecido”, disse.

Uma das principais discordâncias foi a apresentada pelo representante da Associação dos Docentes da Universidade (Adusp), Ciro Correia, no evento promovido em São Paulo, sobre a ausência de um diagnóstico relativo à avaliação na Universidade.

O professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Ricardo Ribeiro Terra, que também faz parte do grupo de trabalho ao lado de Maria Paula, esclareceu que a proposta apresentada se refere às estruturas institucionais de avaliação, visto que as normas relativas a esse assunto constam em resoluções distintas na Universidade. “É imperativo que se articule tudo em um único documento, principalmente para os novos docentes”, destacou.

As discussões também contaram com a participação do presidente da Cert, Luiz Nunes de Oliveira; do diretor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) e presidente da Comissão de Atividades Acadêmicas (CAA) do Conselho Universitário, Alexandre Nolasco de Carvalho; e do professor do Instituto de Arquitetura Urbanismo (IAU) de São Carlos, Carlos Alberto Ferreira Martins.

Tanto em São Paulo quanto em Ribeirão Preto, os presentes puderam fazer questionamentos aos convidados.

(Fotos: Ernani Coimbra e Gabriel Soares)


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