Blog

Neste sábado, dia 23 de julho, será inaugurado o 37º Panorama da Arte Brasileira no MAM SP. Com o tema Sob as cinzas, brasa a exposição propõe o questionamento sobre a desconstrução dos paradigmas naturalizados do Brasil colônia. “Esta edição acontece em um ano muito peculiar. Estamos no período emblemático das comemorações do bicentenário da Independência do Brasil, do centenário da Semana da Arte Moderna de 1922 e, em outubro, ainda teremos uma eleição que é fundamental para o nosso futuro”, comenta Giselle Beiguelman em sua coluna Ouvir Imagens na Rádio USP (clique e ouça o player acima).

O grupo curatorial conta com a experiência e pesquisa de Claudinei Roberto da Silva, Vanessa Davidson, Cristiana Tejo e Cauê Alves. “Os curadores conseguiram reunir um time de artistas de diferentes gerações e identidades étnico-raciais e de gênero para tensionar o nosso passado e o nosso presente”, destaca Giselle Beiguelman, que também está entre os artistas de todo o País que integram o Panorama da Arte Brasileira. “Apresento a obra Meio Monumento, que é uma releitura do Borba Gato, colocado deitado e cortado no meio”, explica. “Tem exatamente a metade da medida do original. Portanto, não é um clone e, tampouco, uma escultura.”

Meio Monumento, segundo a artista, funciona como uma plataforma, buscando pensar novos usos para o patrimônio, que rompam com as cadeias de significado já assentados, apontando para outros arranjos construtivos e simbólicos. “Para sua realização contei com a parceria de Luis Felipe Abbud, arquiteto, designer e doutorando da FAU-USP, que assina o design da peça, e com Renato Cymbalista, com quem preparo uma série de encontros de ativação da obra Meio Monumento ao longo da mostra, que segue em cartaz até janeiro.”

.